Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Ausências notadas na blogosfera local

Kruzes Kanhoto, 30.11.09
Raramente neste espaço teci comentários ou analisei aquilo que se vai passando - ou não – na blogosfera local. Das poucas vezes que o fiz fui mal interpretado, provavelmente por escrever de forma pouco escorreita ou, embora coloque sérias reservas quanto a essa possibilidade, os que se sentiram lesados não disporem de um sentido de humor minimamente razoável ou manifestarem uma clara intolerância à critica. Não é, claramente, o caso daqueles a quem hoje me vou referir - os meus amigos Albino e José Ramalho – que, de forma nenhuma, integram qualquer dos grupos acima mencionados.
Claro que cada um sabe de si, se fosse religioso acrescentaria que Deus sabe de todos, mas não posso deixar de manifestar a minha estranheza e, sobretudo, o meu lamento pela retirada que ambos parecem ter feito destas lides e terem deixado as “trincheiras da internet” local bastante mais pobres. Mesmo sem participar nas “lutas” que ambos travaram - não necessariamente um com o outro, como é óbvio – tenho acompanhado de perto os seus blogues, que lia com prazer, e habituei-me a considerá-los como verdadeiras referências da blogosfera de Estremoz. Até porque, sempre o afirmei, os propósitos que os motivavam a escrever eram muitíssimo mais nobres que os meus.
Para manter estes espaços é necessário, entre outras coisas, muita paciência. Sei por experiência própria que há gente – alguma até perigosamente perto – que tem um gosto especial em encher com ofensas, a tudo e a todos, as caixas de comentários. Muitas vezes, arrisco-me a dizer quase sempre, apenas com o objectivo de silenciar o autor através da saturação que, supõe, este possa atingir perante a persistência da crítica, da ameaça ou do insulto (não confundir com “pressões” porque quanto a isso já é sobejamente conhecido aquilo que penso). É essa vontade de contrariar – ser do contra dá-me um gozo do caraças! - que, mesmo após este blogue ter perdido o principal motivo da sua existência, me faz continuar. Não que eu seja grande exemplo mas, neste caso, acho que deviam fazer o mesmo!

Os minaretes da discórdia

Kruzes Kanhoto, 29.11.09
De forma inequívoca os suíços manifestarem hoje nas urnas a sua oposição à construção de minaretes no seu país. Esta decisão, que deixou em estado de choque a esquerda e a intelectualidade bem pensante, constituirá um ponto de referência na luta contra a islamização da Europa. É, embora haja quem não perceba, uma grande vitória da democracia, da luta contra o fascismo islâmico e um marco na luta pela manutenção da liberdade no velho continente.
Não escondo que gosto tanto do estilo de sociedade e dos conceitos de vida que nos pretendem impor os que professam a ideologia islâmica – sim, ideologia – como eles apreciam o toucinho e que a construção na minha terra de um desses poleiros, de onde um qualquer maluco barbudo guinchasse estridentemente o chamado à oração, era coisa para me deixar irritado. Embora não acredite que tal questão venha a ser suscitada por cá. As entidades com responsabilidades na defesa do património arquitectónico, tão ciosas das nossas ruínas que nem permitem o restauro de uma simples moradia, jamais o permitiriam. Ou alguém acha que arquitectos como aqueles que tão bem conhecemos iam aprovar coisas dessas?! Ná…por cá essa malta das barbas grandes e toalha enrolada aos cornos não se safa.

Ganha que atira mais alto?

Kruzes Kanhoto, 29.11.09
Parece confirmar-se que o arremesso do saco do lixo é uma modalidade em franca expansão e que cada vez conquista mais praticantes entre os estremocenses. Depois de aqui ter feito referência ao lançamento de resíduos - acondicionados ou não - no Bairro de Santiago, onde é usada a técnica do “comprimento”, ou seja ganha quem atira mais longe, detectei este fim-de-semana uma nova variante desta prática pouco cívica e que está longe de ser salutar. Foi numa zona mais central da cidade e aqui o objectivo, tudo o indica, é lançar o lixo à maior “altura” possível. No caso o praticante tentou superar a barreira constituída pela vedação mas, como a imagem demonstra, não conseguiu. Provavelmente andará a faltar aos treinos, algum factor adverso – uma brisa mais intensa, por exemplo – influenciou o lançamento ou, além de porco, é fracote. De corpo e de espírito. Acrescente-se.

Dia sem compras

Kruzes Kanhoto, 27.11.09
Assinala-se amanhã o “Dia sem compras”. Uma iniciativa destinada a promover a reflexão sobre o modo de consumo nas sociedades capitalistas. O que retira à efeméride, o carácter global e mundial que os seus mentores supostamente pretendem atingir. Ou então trata-se de discriminar os felizardos que vivem nas sociedades, a caminho da perfeição, onde o capitalismo não é o sistema vigente e as pessoas raramente compram seja o que for. Até porque não há. Nem, mesmo que haja, tem dinheiro para comprar.
Confesso que me cheguei a entusiasmar com a ideia. Um dia sem pagar os impostos incluídos nos bens que não iria consumir ou, em alternativa, não contribuir para o enriquecimento dessa malta que vive à margem da lei pareceu-me, à primeira vista, uma coisa interessante. Mas passou-me depressa. Afinal os organizadores pretendem apenas promover aquilo que consideram ser a sustentabilidade do planeta, o consumo consciente e local, o comércio justo e a reutilização e troca de bens. Seja lá isso o que fôr. O que me cheira a grupos de ecologistas, ambientalistas, hippies, ganzados, esquerdistas e outra malta com uma relação difícil com as coisas sérias.
É por isso que não vou aderir. Com o subsídio de natal ainda fresco na conta bancária até sou capaz de perder a cabeça e fazer uma extravagância.

Ensinem os vossos filhos a usar a sanita!

Kruzes Kanhoto, 26.11.09
Reclamo para Estremoz um lugar no Guinesses - o livro que regista os recordes mais estapafúrdios, os feitos mais extraordinários e, também, as maiores parvoíces – como a cidade em que os seus habitantes mais vezes cagam, vomitam e, a julgar pelos antecedentes tudo me leva a crer, mijam na piscina pública. Nem sei se o equipamento deverá continuar a ser considerado como tal. Provavelmente o melhor será mudar o nome para sanita municipal e, aí sim e sem qualquer margem para dúvidas, veríamos o nome da nossa terra como sendo a que possuiria a maior sanita colectiva.
Como já escrevi noutras ocasiões, nomeadamente aqui, são necessários quase todos os dedos de ambas as mãos para contar os dias em que, desde Outubro, a piscina fechou por uns quantos meninos terem conspurcado a água com as suas fezes ou o seu vómito. De salientar que numa das ocasiões as fezes seriam daquelas que apenas podiam ter sido libertadas após um esforço significativo nesse sentido. Cagalhões daqueles bem consolidados, chamemos-lhe assim. O que afastará, de todo, a tese de mero acidente. Consta até que a criancinha e a mamã terão abandonado as instalações rindo que nem umas tólinhas com a espantosa proeza conseguida pela pequena cria…
Mesmo que não hesite em atribuir a responsabilidade destes atentados à saúde pública aos papás inconscientes e sem condições para educar uma criança, não deixo de lamentar que após tantos incidentes a direcção daquele espaço ainda não tenha feito nada para alterar a situação. Afinal parece-me legitimo perguntar: Quem manda está ali a fazer o quê?!

Pág. 1/6