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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

A tragédia vista pelas crianças

Kruzes Kanhoto, 14.05.07
Sócrates faz uma visita a uma escola primária, ou do primeiro ciclo do ensino básico como agora se chamam, e entra numa sala de aula mesmo no meio de uma discussão sobre significado das palavras.A professora pergunta ao primeiro ministro se ele gostaria de continuar o tema com a discussão da palavra tragédia. Ele aceita e pede à turma que lhe dê um exemplo de tragédia.Um garoto levanta-se e diz:- Se o meu melhor amigo estivesse a brincar na rua e um carro o atropelasse, isto seria uma tragédia!- Não - diz Sócrates - isso seria um ACIDENTE.Uma garotinha levanta a mão.- Se um autocarro com cinquenta pessoas - pergunta ela - cai numa ribanceira e morre toda a gente seria uma tragédia?- Também não - explica o suposto engenheiro - Neste caso seria uma GRANDE PERDA.A sala fica em silêncio. Nenhum voluntário. Sócrates pergunta olhando para a turma:- Não há ninguém aqui que me possa dar um exemplo de tragédia?Finalmente, lá no fundo da sala, um garotinho levanta a mão. Com uma voz tranquila, ele diz:- Se um avião, levando o senhor e todos os seus ministros, fosse atingido por um míssil, matando todos os ocupantes, isto seria uma tragédia!- Fantástico! - exclama Sócrates - Correcto! E és capaz de me dizer por que seria uma tragédia?- Bem, - diz o garoto - porque não seria um acidente e também não seria uma grande perda!

Vamos à bola...de binóculos!

Kruzes Kanhoto, 13.05.07
Os campos de futebol construídos na região durante os anos 80 e 90 possuem quase todos um espaço entre o rectângulo de jogo e as bancadas (quando existem) na ordem dos quinze a vinte metros - em alguns casos até mesmo mais - e que seria, supostamente, destinado a pista de atletismo. É claro que tal pista nunca foi construída, nem se justificará a sua construção, e, por causa disso, os espectadores assistem a uma distância considerável aos jogos de futebol, o que retira muita da emoção que está associada a este espectáculo.Seria bom que, numa altura em que se perspectivam intervenções nestes equipamentos, nomeadamente a implantação de pisos sintéticos, fossem também modificadas as estruturas dos espaços, por forma a reaproximar jogadores e público e a melhorar as condições em que os poucos que ainda vão ao futebol assistem aos jogos.

Interior abandonado

Kruzes Kanhoto, 11.05.07

Somos um país com profundas assimetrias regionais. E a tendência é de se acentuarem ainda mais em consequência das socráticas políticas de desinvestimento e abandono à sua sorte das populações residentes no interior, de onde o estado, irresponsavelmente, se vai retirando.

Segundo dados recentemente divulgados, 6% do território continental - situado na faixa litoral - concentra 50% do seu poder de compra, 45% da população, 47% das empresas, 70% da facturação empresarial, 73% dos impostos do Estado e 78% do crédito bancário.

E no futuro, como será? Um concelho como Estremoz que nos anos sessenta tinha mais de 25.000 habitantes, tem hoje pouco mais de 15.000. Até tenho receio de pensar quantos ainda cá vão viver daqui a 40 anos...Ou mesmo se, nessa altura, haverá razão para continuar a existir enquanto cidade e concelho.

Fantasmas

Kruzes Kanhoto, 11.05.07
Poucos são os que, assumidamente, acreditam em fantasmas. Mas lá que eles existem não subsiste qualquer dúvida e, ao que parece, alguns até desempenham funções que podemos qualificar como...fantasmagóricas.

Merda de passeio

Kruzes Kanhoto, 10.05.07
Portugal mudou muito nas últimas décadas e nem sempre para melhor. Antes os portugueses passeavam os filhos, hoje passeiam os cães. O resultado é o que se vê. Um país de merda.

Coisas para as quais não há paciência

Kruzes Kanhoto, 09.05.07

Não há paciência para aturar os directos de todas as televisões acerca do desaparecimento da miúda inglesa Madeleine McCann. Sem nada de novo para noticiar, os desgraçados dos jornalistas repetem-se até à exaustão procurando ter um motivo (só um que seja!) para dizerem mais do que três palavras sobre o caso.

Entretanto as fontes deste blog, muito mal informadas e como sempre sem a mínima credibilidade, garantem-nos que os cães utilizados nas buscas não serão os mais apropriados para o efeito. Terão feito o treino de inglês técnico na independente...Atoardas, digo-vos eu.

Pinto no poder...

Kruzes Kanhoto, 08.05.07
Enquanto a generalidade dos comentadores e outras mentes brilhantes deliram com a governação de Pinto de Sousa os outros cidadãos, aqueles que não tem capacidade intelectual para perceber a genialidade das políticas adoptadas pelo governo, vão sentindo os seus efeitos na carteira. Segundo os últimos indicadores, hoje divulgados, o poder de compra dos portugueses sofreu em 2006 a maior quebra dos últimos 22 anos. É mais um extraordinário feito conseguido por Pinto de Sousa e que contribuirá para melhorar a economia. Ou pelo menos será disso que nos vai tentar convencer o séquito do costume.

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