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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Usem o Magalhães, porra!

Kruzes Kanhoto, 14.11.09
O episódio das escutas está a indignar o país. Uns porque acham que o primeiro-ministro não tinha nada que ser escutado, outros porque querem saber o que ele disse nas conversas escutadas e mais uns quantos para quem a simples presença de José Sócrates na cena política nacional já é motivo bastante para indignação.
Como não podia deixar de ser também eu revelo níveis significativos de desagrado relativamente a toda esta matéria. Por todos os motivos acima expostos. Não gosto que escutem o homem, acho até que ninguém o devia fazer, não tenho interesse nenhum em saber o que ele disse ao seu amiguinho – falaram, com certeza, do Benfica e do grande momento que atravessa – e, finalmente, porque estou farto do gajo. O que por si só constitui razão mais que suficiente não já não suportar noticias relacionadas com a criatura.
Há, no entanto, algo em toda esta história que me decepciona. Parece que as ditas escutas envolvendo o nosso primeiro prolongaram-se por quatro meses. É tempo demasiado. Para além de ser um espaço de tempo suficiente até para tirar duas ou três licenciaturas, ao que noticiam alguns órgãos de comunicação social, deu para encher mais de cinquenta cassetes com conversas em que, supostamente, participará o engenheiro. E é precisamente o meio de suporte das gravações que me decepciona ainda mais. Em pleno choque tecnológico, que tem constituído uma das medidas mais emblemáticas do governo, guardar as conversas do homem que mais tem feito pela massificação das novas tecnologias em Portugal em meios de armazenamento completamente obsoletos, como é o caso das cassetes, constitui uma verdadeira ofensa. Para todos. Até, acredito, para José Sócrates. Pelos menos usem o Magalhães, porra!

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