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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Neve em Estremoz

Kruzes Kanhoto, 10.01.21

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Estou como dizia ontem o outro. Dois mil e vinte um não pode ser um ano como os outros. O Sporting em primeiro, cai neve em Estremoz...ná, isto há aqui qualquer coisa. Embora, convenhamos, é muito mais normal nevar nesta terra do que os lagartos serem campeões. Assim que me lembre já por cá nevou em duas ocasiões nos últimos quinze anos e neste período de tempo nunca o clube do Lumiar ganhou o campeonato. 

Ainda a propósito da neve. Isto ontem foi um corrupio de equipas de reportagem das televisões. Andaram por aí todas, minutos sem fim de emissão dedicados à neve que por cá ia caindo e repórteres a repetirem-se até à exaustão por, coitados, não terem nada de interessante para dizer. Uma monotonia, diga-se, unicamente quebrada por uma queda em directo.

Nem quero imaginar o que teria sido caso não houvesse esta coisa do confinamento, recolher obrigatório ou lá o que é. Devia ser uma romaria de lisboetas a vir mostrar a neve à Carlota, ao Martim e ao Francisco. Sim que, coitados do putos, isso ainda eles podem ver de quando em vez...

Quer estacionar? Venha para cá morar!

Kruzes Kanhoto, 02.07.18

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Percebo que a senhora dona Madonna precise de quinze automóveis para se fazer deslocar. A ela, à sua prole e à multidão de lacaios que, presumo, a acompanham. Compreendo, também, a vontade do autarca da capital em lhe agradar. Um habitante satisfeito hoje é um potencial eleitor amanhã.

O que tenho mais dificuldade em perceber é o prurido da oposição camarária por causa da cedência do espaço ter sido, ao que suspeitam, assim coisa de trinta e um de boca. Embora, ao que parece, até exista um papel mal amanhado qualquer. Mas, mesmo que não houvesse, era o que mais faltava que o senhor presidente não pudesse ceder o uso de um espaço da autarquia a quem muito bem entendesse.

Se, como admiti, compreendo a necessidade dos quinze popós, faz-me espécie que a senhora insista em instalar-se num sitio onde não os pode estacionar. Ela que viesse para cá. Espaço para aparcar é coisa que não falta. Podia deixar os carritos mesmo à porta e mantê-los por lá o tempo que quisesse. Como faz, por exemplo, o dono desta carripana que a tem estacionada no mesmo local desde que o Sporting foi campeão. Ou isso ou perdeu as chaves.

 

Há uma linha que separa um maluco de um parvo...

Kruzes Kanhoto, 20.05.18

Uma entidade emissora de obrigações adiou hoje, em seis meses, o pagamento das mesmas bem como dos respectivos juros. Parece-me, assim de repente, um caso grave. Capaz, até, de minar a pouca confiança que ainda restará no sistema financeiro nacional.

Quem investiu – e pode ser qualquer um nós, ainda que indirectamente – corre o risco de nunca mais recuperar o investimento. A menos que o Costa lhes acuda, como já fez com os alegados lesados do BES. Ou, pior ainda, que o governo resolva socorrer a instituição em causa. O que não me surpreenderia por aí além, diga-se.

Entretanto, enquanto aquilo se afunda e arrasta com ele as economias de quem lá pôs o dinheiro, o folclore continua. Para enganar os tolos e esconder aquilo que é verdadeiramente importante, desconfio. Depois chamem-lhe maluco… mas parvo é que ele não é!

Apertos, claques e outras modernices

Kruzes Kanhoto, 19.05.18

Um homem sábio disse um dia – Pinto da Costa, no inicio deste ano – que grave, mas mesmo muito grave, é existir um clube com claques ilegais. Sábias palavras, aquelas. Que isto, no âmbito da pancadaria e da invasão de centros de estágios de árbitros ou do próprio clube, há que agir com gente devidamente enquadrada na legislação vigente.

Reitero a minha estranheza com a onda de indignação dos sportinguistas – de muitos deles, pelo menos – com as alegadas ocorrências de Alcochete. Sinceramente não os percebo. Ainda um ano destes berravam a plenos pulmões, em Alvalade, “aperta com eles Sá Pinto, aperta com eles” - referindo-se, naturalmente, aos jogadores como alvo a apertar – e agora, que alguém resolveu fazê-lo, ficam chateados?! É pá, como disse o outro, vão mas é catar pulgas.

Já que o post escambou para a corrupção, aproveito para manifestar a minha desconfiança acerca das noticias que envolvem o Sporting nesse esquema. Não acredito. Nadinha, mesmo. Depois de ouvir as supostas escutas fiquei, até, como pena da agremiação do Lumiar. Um alegado corruptor lamentar-se de não ter dinheiro para subornar é, convenhamos, algo de surreal.

Mas nem tudo é mau no reino dos lagartos. Modernizaram-se. Aquilo é uma coisa evoluída no âmbito das tecnologias da informação. Emails é para meninos. Para aquelas bandas os assuntos importantes tratam-se pelo WhatsApp.

O melhor ainda estava para vir...

Kruzes Kanhoto, 16.05.18

Se vires as barbas do vizinho a arder, põe as tuas de molho”. Bruno de Carvalho e os sportinguistas em geral não devem conhecer este dito popular. É que eles fizeram pior. Incendiaram as barbas da vizinhança, chacotearam o vizinho e, num assomo de total alarvidade, besuntaram as próprias barbas com gasolina. Agora queimam-se. Azarinho. Não temos pena nenhuma. Numa coisa, contudo, o lagartedo teve razão. O melhor estava, de facto, para vir. Eu só não tenho é a certeza se o melhor de tudo já chegou…

Desde ontem que todos chamam maluco ao presidente do Sporting. Discordo em absoluto quanto à maluqueira do senhor. Ou, então, quase todos os sportinguistas são doidos varridos. Andam anos a fio a aplaudir um discurso de ódio, faltas de respeito, má-criação e tentativas de destruição de um clube rival e agora, que têm a casa a arder, o outro é que é maluco?! Escapa-se-me aqui qualquer coisa...

Prioridade à bola

Kruzes Kanhoto, 28.04.18

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Diz que a justiça estará a investigar, detalhada e exaustivamente, todos os jogos do Benfica realizados nos últimos cinco anos. Deve ser investigação para manter os nossos justiceiros ocupados durante uns tempos. Mas ainda bem, que isto da bola tem de ser levado a sério. Até porque essa coisa dos três grandes, seja qual for a modalidade, ganharem quase sempre e serem campeões muitas vezes – consecutivamente, com frequência – deixa-me com a pulga atrás da orelha. É estranhíssimo os melhores ganharem sem ser com manhosices, não é?

Entretanto Porto e Sporting reivindicam para si o estatuto de clube mais titulado de Portugal, reclamando, cada um deles, mais de vinte mil títulos conquistados no conjunto das modalidades que praticam. Contenda que, presumo, um dias destes será dirimida na justiça. Que é para causas nobres e determinantes que ela serve. Isto, claro, após investigar se não houve marosca na obtenção de cada uma dessas vitórias. A menos, teoria a não descartar, que o facto de equiparem de verde ou de azul seja motivo mais do que suficiente para a isenção de suspeitas.

Enquanto isso, apenas estão sob a alçada da lei meia-dúzia de políticos. Não há vagar para investigar todos os outros milhares, actuais e passados, que exercem ou exerceram funções executivas na governação central, regional e local. A esmagadora maioria, obviamente, não será corrupta. Mas convinha, digo eu, que todos percebêssemos a razão porque entram para lá pelintras e saem com um património pouco compatível com o vencimento. Respeitem-se, no entanto, as prioridades da Justiça. Se a bola está primeiro, que assim seja.

E-bruxedo

Kruzes Kanhoto, 01.04.18

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Não acredito em bruxasbruxedos ou bruxarias. Nem, sequer, noutras artes manhosas ainda que vagamente correlacionadas. Tenho é uma crença inabalável no meu azar ao jogo. Mas, confesso, começo a ficar preocupado. Não contava com tanta má-sorte. Estas apostas nas vitórias combinadas de porto e sporting começam a ameaçar a estabilidade financeira da minha “banca”. Estou a ver que ainda vou ter de recorrer ao crowdfunding. Ou fazer uma vaquinha, vá.

Não gosto que me apontem armas. É uma coisa que me aborrece...

Kruzes Kanhoto, 03.03.18

Esta semana Vladimir Putin anunciou ao mundo uma nova geração de armas nucleares que, a acreditar no homem, farão já parte do arsenal da Rússia. Ora, como gajo preocupado com estas coisas, procurei saber a posição do Partido Comunista e, nomeadamente, da sua agência para estes assuntos. Um tal Conselho Português para a Paz e Cooperação. Que, dada a sua intensa actividade em defesa da convivência pacifica, esperava eu já se tivesse pronunciado no sentido de condenar veementemente mais esta ameaça à paz celestial entre os homens. E as mulheres. E os coisinhos, também. Que aqui no Kruzes não se discrimina ninguém.

Tempo perdido. Afinal nem uma palavrinha. Nem o PCP nem a organização palhaça por si patrocinada se revelam preocupados por a Rússia ter apontadas às nossas cabeças mais umas quantas armas. A preocupação da camaradagem é apenas dirigida à Nato e aos patifes dos americanos. Camaradas, pá, Como é que eu vos hei-de explicar isto? Se um maluco de qualquer dos lados apertar o botão e houver uma guerra nuclear, batemos todos a bota. Mas a nós, embora se isso acontecer importe pouco, a arma que nos mata é a dos vossos amiguinhos russos. E a vocês também, mesmo que tenham a foice e o martelo pintados na testa.

Só mais um pormenor, camaradas. Não sei se já repararam mas a URSS acabou vai para trinta anos. Talvez constitua uma novidade para vocês mas, acreditem, o Putin é tão comunista como o Cavaco. Não consigo, por isso, descortinar razões para terem tanta admiração pelo novo czar. Ou será aquilo do inimigo do meu inimigo é meu amigo?! Poucochinho, se for isso. E, normalmente, dá mau resultado. Vejam o exemplo do Sporting...

Xiiii...disparate!!!!

Kruzes Kanhoto, 08.02.18

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Há por aí um movimento qualquer que pretende acabar com as chamadas fake news. As noticias falsas, no nosso linguajar. Não é que ache mal de todo – depende do contexto – mas tenho uma enorme curiosidade acerca da maneira como o pretendem fazer. E, principalmente, como é que se determina se a noticia é falsa ou não. Até porque, como já dizia o outro que a par da minha avó é um gajo que gosto sempre de citar, o que hoje é verdade amanhã é mentira. Ou ao contrário, se quisermos.

Igualmente inquietante é noticiar o disparate. Coisa que, a par das noticias falsas, está a ser feito em permanência pela comunicação social. Mas com isso ninguém se preocupa. Pelo contrário. Não falta quem faça gala em reproduzir as afirmações mais disparatadas das mais variadas personagens. Reles e ordinárias, umas - basta ver a bicheza que anda pelo mundo do futebol – e patéticas, outras, como o padreca que acha desejável que os “recasados” não forniquem ou a apresentadora televisiva que fica ofendida por um homem olhar para uma mulher. Perante tanta idiotice, mal por mal, ainda prefiro as fake news.

Vaucher, email ou azelhice?

Kruzes Kanhoto, 27.01.18

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Que me lembre – e já me lembro de muita coisa – nunca o país assistiu a um ataque dirigido a ninguém, nem a nenhuma instituição, como aquele de que o Benfica está a ser alvo. O desespero pela ausência de vitórias pode, admito, servir de justificação. Não pode é justificar tudo. Sejam os depósitos nas contas dos árbitros, a invasões dos locais onde os mesmos se treinam ou a violação do sistema informático de uma empresa cotada em bolsa. Tudo perante o alheamento da justiça – da desportiva e da civil – e o gáudio da miserável comunicação social que temos.

Não ponho, obviamente, a mão no fogo por ninguém. Ando cá há anos suficientes para saber que não há inocentes. Mas o que de verdade me surpreende, ainda mais do que outras coisas, é não haver uma alma que se lembre de esmiuçar os auto-golos e os penáltis do Tonel – ah, espera, esses beneficiaram o Porto e o Sporting – nem aquele falhanço inacreditável do Bryan Ruiz que tirou o campeonato aos lagartos. Uma azelhice daquelas ainda hoje me cheira a marosca. Investigue-se...