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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

A ovelha refugiada

Kruzes Kanhoto, 30.10.23

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Sempre me intrigou que os migrantes - refugiados, invasores ou lá o que se lhes queira chamar - que atravessam o Mediterrâneo cheguem à costa europeia apenas na posse do telemóvel. Perdem tudo no mar, nomeadamente os documentos de identificação, mas o precioso aparelho salva-se sempre. Há, como em tudo na vida, uma ou outra excepção. Um destes dias chegou a Lampedusa um desses cavalheiros que trazia consigo uma ovelha. Uma companhia tão inusitada que suscitou a admiração dos guardas fronteiriços e originou uma animada sessão fotográfica. Desconheço se a criatura esclareceu as razões para não ter deixado para trás a sua amiga de quatro patas. Nem, sequer, vou especular acerca das motivações do jovem. Serão, seguramente, as mais nobres. Sendo que entre elas não deverá estar a intenção de a comer.

"Refugiados" do nosso contentamento

Kruzes Kanhoto, 12.12.19

Andam por aí umas alminhas todas radiantes com a chegada às costas algarvias de meia dúzia de marroquinos, alegadamente refugiados. Nem conseguem – ou não querem – disfarçar a satisfação que lhes enche a alma. Percebo-os. O desembarque desta gente e o seu acolhimento pelas autoridades lusas não constitui apenas um gesto humanitário. Até porque não consta que em Marrocos haja guerra, fome ou outra qualquer espécie de cataclismo. Isso do cataclismo estará reservado para a principal indústria nacional – o turismo – se mais “turistas” destes se lhes seguirem. Como, de resto, já acontece noutros destinos turísticos assolados por esta traficância.

Receber este grupo, mais do que a humanidade do gesto, significa abrir as portas a outros. E, principalmente, a um imenso negócio que está associado a estas movimentações. Os que irradiam felicidade com esta chegada bem o sabem. Também por cá há muita gente com vontade de se atirar aos milhões de euros, provenientes dos nossos impostos, que estes desgraçados fazem movimentar.

Ter smartphone deve ser um novo direito humano

Kruzes Kanhoto, 20.12.18

Sair de casa sem telemóvel constitui, nos dias de hoje, um verdadeiro drama. Daqueles mesmo dramáticos. Causadores de elevados níveis de stress, até. Daí que perceba que o telefone portátil seja um objecto de primeira necessidade. Para toda a gente. Para os refugiados, por exemplo. Diz que fogem à fome, à miséria e que nos seus países de origem tudo lhes falta. Tudo menos, pelos vistos, telemóveis daqueles carotes. Atendendo ao que se diz ser o rendimento per capita dos países de onde essa malta é oriunda, faz-me espécie como é que conseguem ter dinheiro para comprar aparelhos daqueles. Mais ainda quando, quase todos, argumentam não ter trabalho ou não ganhar o suficiente para o seu sustento e das famílias. Às tantas anda por aí uma – ou mais, sei lá – uma organização mafiosa qualquer a financiar estas movimentações de massas. De todos os tipos, as massas.

E dos migrantes que o Trump não quer, não trazemos nenhum?!

Kruzes Kanhoto, 19.11.18

Os migrantes latino-americanos organizados em caravana que pretendem entrar nos States já começaram a chegar à fronteira. Estão, lamentavelmente, a ser mal recebidos. Pelos mexicanos, pasme-se. Que pelos americanos não seria de espantar. O que, também, constitui um enorme espanto é eles não terem optado por se dirigirem aos paraísos da região. Com a Venezuela, a Nicarágua e Cuba ali mesmo à mão não se percebe a opção pelo Estados Unidos, terra do capitalismo mais vil e mais selvagem, onde serão explorados e oprimidos pelo patronado mais reaccionário. Com o sol a brilhar nas terras dos amanhãs que cantam não se compreende esta demanda pelas trevas, pelo obscurantismo e onde, caso consigam entrar, lhes está reservado o mais negro e triste futuro. 

Trump não terá, provavelmente, o bom senso de deixar entrar toda esta gente América dentro. Faz mal. Mas, dada a vontade de acolher refugiados, isso pode constituir uma oportunidade para o Costa da Geringonça. O homem está desesperado – com alguma razão, diga-se – para aumentar a população cá do retângulo e aquela malta, por todas as razões, são dos que interessam. Bem que pode mandar os sequazes das ONG´s ir lá buscá-los. Se não o fizer e continuar a insistir em trazer sempre dos mesmos, ainda sou gajo para pensar que existe nessa coisa do acolhimento uma certa discriminaçãozinha... 

A integração dos refugiados é um sucesso!

Kruzes Kanhoto, 13.11.18

Consta que três famílias de refugiados acolhidas na região centro terão ficado sem água e luz. Por via das dividas, diz. O que não deixa de ser assaz estranho. E ridículo, simultaneamente. Num país de caloteiros, onde este tipo de serviços públicos apenas é pago pelos parvos e em que, mesmo após meses de sucessivo calote, ninguém faz nada para cobrar as dividas, não deixa de ser esquisito que estejam a implicar com estas criaturas.  

Não têm dinheiro, justificam. Nada de novo. É a desculpa mais usada por cá. Revela que o processo de integração foi concluído com assinalável sucesso. Assimilaram aquele conceito do dever acima de tudo. Ou aquilo de pagar e morrer serem as últimas coisas que se fazem na vida. E não necessariamente por esta ordem. 

Solidariedade selectiva

Kruzes Kanhoto, 21.08.18

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Continuo à espera de condenações veementes à atitude dos habitantes daquela localidade brasileira que expulsaram os venezuelanos que fogem da miséria imposta pelo regime comunista.

Aguardo, também, que as agressões sofridas na Costa Rica pelos nicaraguenses que tentam escapar aos comunistas que ocupam o poder no seu país, sejam severamente repudiadas.

Até agora ainda nenhum dos habituais choramingas da causa dos alegados refugiados se manifestou. Devem estar todos de férias nos resorts dos destinos turísticos da moda. Ou, então, ainda estão a tentar perceber as razões que levam alguém a cometer o tresloucado acto de fugir de paraísos socialistas como a Venezuela e a Nicarágua.

E os refugiados da Venezuela?

Kruzes Kanhoto, 11.08.18

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Não gosto de discriminações. É uma coisa que me aborrece, isso de tratar as pessoas de forma desigual em função de critérios manhosos. Os refugiados, por exemplo. Não são todos tratados por igual nem merecem a mesma atenção. Quer dos média quer das organizações que, alegadamente, se dedicam a cuidar deles.  

Os muçulmanos são uma espécie de refugiados de elite. Os cristãos perseguidos pelo fascismo islâmico, não passam de um estorvo. Já os venezuelanos, que fogem aos magotes para os países vizinhos, são completamente ignorados. Percebe-se. Os primeiros são prioritários. Há que, quanto antes, substituir a população europeia e tratar da expansão do islão na Europa. Os segundos são um peso-morto. Nem o Papa quer saber deles. São algo que só serve para empatar os projectos em curso de tornar a Europa um califado islâmico. E dos últimos, dos venezuelanos, nem convém que se saiba da sua existência. Não seguem o profeta, não apreciam comunistas e são a prova evidente – se é que ainda é preciso provar alguma coisa – que socialismo, miséria, desgraça e perseguição são sinónimos. 

Na Venezuela haverá cerca de milhão e meio de portugueses e luso-descendentes. A passar um mau bocado, tal como a restante população, às mãos de um bando de comunistas malucos, passe o pleonasmo. Mas ninguém quer saber. Nem governo, nem ONG’s nem aqueles filantropos que volta e meia andam pelas tv’s a defender causas parvas querem saber. Deles e dos milhares de venezuelanos que todos os dias cruzam as fronteiras em direcção ao Brasil. Ninguém se mete ao caminho para os ir buscar. Má sorte – para eles - não rezarem de cú para o ar, é o que é. Se tivessem essa mania já cá estavam.

Constatações

Kruzes Kanhoto, 10.11.17

Segundo as poucas fontes que demonstram a coragem suficiente para escrever acerca do assunto, serão bastantes os alegados refugiados que aportam aos países ricos do norte da Europa – os únicos onde lhes interessa refugiar, diga-se – acolhidos ou adoptados por mulheres solteiras, viúvas ou divorciadas. A maioria delas, segundo os mesmos relatos, já com alguma idade. Será, por certo, por uma questão de disponibilidade. Ou – e isso não tem nada de mal – para receberem da segurança social local um subsidio que as compense por tão piedoso acto. Mesmo que a quase totalidade desses acolhidos sejam do sexo masculino, como dizem ser o caso, continuo a não descortinar nisso nada de reprovável.

Também em Portugal, nos trabalhos jornalísticos onde o tema é abordado, a maioria dos intervenientes na tentativas de importar alegados refugiados são mulheres. Tal como na estranja com uma idade ligeiramente avançada. E também, certamente por disponibilidade para a fotografia, a maior parte dos alegados refugiados são homens. Não vou estar para aqui a tirar conclusões. Estou apenas a constatar. Até porque, fosse o que fosse que concluísse, era coisa que importava tanto como a chuva que tem caído no Alentejo por estes dias. Mas lá que constato, constato...

Eles que vão...

Kruzes Kanhoto, 11.12.16

Parece que os dados oficiais apontam para cerca de duas centenas os refugiados que, depois de trazidos para Portugal, já se puseram a andar. Há, no entanto, quem aponte para outros números. Bem mais elevados, ao que consta. Pese a preocupação de alguns partidos, que até já aborreceram a ministra da tutela por causa disso, ou o transtorno que isso possa provocar às instituições que os acolheram, não há como negar que a ida desta gente para outras paragens constitui uma boa noticia. Eles que vão. Desamparem a loja.

Diz que não gostam dos nossos hábitos. Como, por exemplo, trabalhar por pouco dinheiro e isso. Nomeadamente quando noutros países não precisam de bulir para obter subsídios várias vezes superiores ao que ganhariam aqui a trabalhar oito horas. E, melhor ainda, em grandes cidades onde se podem divertir, chatear os nativos e beneficiar das maravilhas de uma civilização que odeiam. Já por cá, coitados, são colocados nas terriolas três dias para lá do sol-posto. Ou, com sorte, naquelas onde Judas perdeu as botas. O que, convenhamos, desagradaria a qualquer um. Mais ainda a refugiado de guerra. Habituado à bombas, tanto sossego até lhe devia causar stress.

Deve ser uma espécie de rendimento máximo...

Kruzes Kanhoto, 26.10.16

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Sermos um país pobre tem as suas vantagens. A principal é que ninguém vem para cá chatear. Não despertamos cobiças de conquista nem, excepto os invejosos dos castelhanos e os patetas alegres dos franceses, ninguém manifestou vontade de nos invadir.

O mesmo se aplica, agora, aos novos invasores do continente europeu. Ninguém quer vir para Portugal. Por mais que alguns profissionais da beneficência insistam ou políticos alarves, como o Costa, façam questão de oferecer a nossa hospitalidade. Poucos, entre os milhões que já chegaram à Europa, equacionam essa hipótese. Nem sequer dez mil deles, o número de alegados refugiados que o governo admite receber, conseguem convencer. E mesmo os que se deixam enganar, assim que podem dão de frosques em busca de um lugar, digamos, mais condescendente em termos monetários. Que, afinal, foi para isso que eles saíram da sua zona de desconforto.

Toda essa malta, obviamente, prefere a generosidade da segurança social dos países situados mais a norte. Aqui seria impossível a um gajo, ainda que tivesse quatro mulheres e vinte e três filhos, afiambrar-se a trezentos e sessenta mil euros por ano. Por cá, isso é coisa reservada a gestores públicos e assim.