Os animais primeiro...as pessoas logo se vê!
A educação de um povo avalia-se pela maneira como trata os animais, garantem uns quantos alarves. Curioso. E eu aqui a pensar que seria mais pela forma como trata as suas crianças, os seus velhos e os seus desvalidos. Pelos vistos não. Mas ninguém me manda ser parvo. Esses, para esta gentinha de agora, não importam nada. Os animais sim, é que merecem tudo. Não fossem eles os nossos patudinhos queridos. Ou os nossos anjos de quatro patas, como algumas aleivosas gostam de se lhes referir.
Isto a propósito, entre outras coisas, do inovador serviço de assistência médica aos munícipes de quatro patas a disponibilizar em permanência pelo Município de Oeiras. Uma ideia parva, despesista, eleitoralista e, sobretudo, repugnante. E, já agora, também discriminatória por levar em consideração o número de membros do bicho e não incluir os rastejantes e voadores. Choca-me, mas deve ser só a mim, que num país onde fecham serviços públicos essenciais quase todos os dias e onde um número significativo de localidades não dispõe de centros de saúde abertos vinte e quatro horas, se possa esturrar dinheiro público com os animais. Prioridades. Nunca pensei escrever isto, mas começo a ter saudades de quando, nos cartazes do PS, se garantia que as pessoas estavam em primeiro lugar.