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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Direito incondicional à preguiça

Kruzes Kanhoto, 01.10.17

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Ter direito a receber um determinado montante, que supostamente permitirá viver com dignidade, sem ter que bulir uma palha é uma ideia que me agrada. Diz que é esse o conceito do tal Rendimento Básico Incondicional, ou lá o que chamam a isso. Os defensores dessa coisa sustentam a atribuição a todos e cada um – pobres ou ricos, velhos ou novos, trabalhadores ou desempregados – de um subsidio de valor igual para cada cidadão. Só porque sim.

Por mim, reitero, parece-me uma teoria prazenteira. Há, no entanto, uma ou outra dúvida que me assalta o espírito. Saber, por exemplo, de onde vem o dinheiro – muito, presumo - que permita pagar, suponhamos e só para ter uma noção da enormidade do disparate, cem ou duzentos euros por mês a cada português. Ou, fosse qual fosse o valor do tal subsidio, admitamos que todos deixávamos de trabalhar para auferir do tal rendimento a que teríamos direito. Nessas circunstâncias já nem pergunto a origem do graveto. Limito-me a questionar o que é que comíamos...