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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Gente pouco séria...

Kruzes Kanhoto, 06.11.23

1 - Ao que proclama a imprensa, os certificados de aforro não reclamados pelos herdeiros dos aforradores defuntos renderam ao Estado, nos últimos cinco anos, a simpática quantia de dezoito milhões de euros. Ou seja, estamos perante mais uma evidência da pouca seriedade do Estado. Quando o finado deixa dividas ao fisco a máquina fiscal não revela grande dificuldade em identificar os beneficiários da herança nem, menos ainda, em reclamar o seu pagamento. O mesmo, naturalmente, devia fazer nestas circunstâncias. Que é como quem diz, devolver o que não lhe pertence aos legítimos donos. Mas não. Deve ser aquilo de não ter vergonha de se afiambrar aos rendimentos dos cidadãos, de que falou, nos tempos em que apoiava o governo da Geringonça, aquela mana Mortágua que será ministra das finanças quando Pedro Nuno Santos for primeiro-ministro. Deus vos livre, que eu já estou por tudo.

2 – A propósito de gente pouco recomendável… o PCP propõe o “Reforço do apoio do Estado português à agência da ONU de assistência aos refugiados na Palestina”. Daqui por uns tempos saberemos se foram convidados para a inauguração do “túnel Portugal”.

3 – Nisto do apoio ao Hamas e do ódio ao modo de vida ocidental faz-me espécie a quantidade de gajos com mania que são gajas que aparecem nas manifestações a apoiar os terroristas e a condenar Israel. Estão, obviamente, no seu direito. De valor, de valor e mesmo bom para a causa, era estes fulanos irem colocar uma bandeira palestiniana no telhado de um edifício de Gaza ou de um país não democrático dessa região. Têm muitos por onde escolher. Ide, que os tipos lá do sítio têm queda para tratar dessa malta.

Gente de bem

Kruzes Kanhoto, 06.05.23

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1 – Os apanhados do clima voltaram à carga. Meia dúzia de catraios feiosos, mal-vestidos e de aspecto deplorável prometem importunar pessoas até conseguirem não sei o quê. E eles, provavelmente, também não. Para além de, aparentemente, não darem grande importância à higiene e, assim, contribuírem para a poupança de água, seria bom que nos elucidassem acerca do que eles próprios fazem para proteger o planeta. Por mim - que ando a pé, tenho painéis solares para aquecimento de água e produção de energia, faço compostagem e agricultura biológica – não aprecio conversas da treta de meninos mimados e dispenso lições de moral de quem ainda mal largou os cueiros.

2 – O PCP exalta o nascimento de Karl Marx, considerando a criatura uma referência incontornável no caminho da libertação da exploração capitalista e na empolgante tarefa da construção da sociedade nova, que é, dizem, o socialismo e o comunismo. Pois. Deve ser, deve. Exaltados ficaram os alemães que tiveram o azar de ficar do lado de lá do muro. A exaltação foi tanta que desataram todos a correr para Ocidente, empolgados com a possibilidade de serem explorados pelo capitalismo. Parvoíces de quem não apreciava viver na miséria proporcionada pela tal sociedade nova que o PCP não se cansa de pretender criar.

3 – Diz que a Santa Madre Igreja terá arrendado um imóvel a um alegado mafioso italiano. Escândalo, bradam uns quantos. Não estou a ver porquê. Ao que garantem os responsáveis eclesiásticos, o dito cavalheiro até pagava a renda a tempo e horas. Coisa que outros, aparentemente muito sérios e armados em gente de bem, não fazem.

Alegadas manhosices

Kruzes Kanhoto, 10.02.23

1 – Mais uma negociada, alegadamente manhosa, a envolver a TAP. Descobriu-se, desta vez, que em 2011 o governo de então teria tido conhecimento de um “esquema”, que meteu compra de aviões a um preço superior ao que outras companhia pagaram pelo mesmo modelo de aeronave, com a finalidade de, alegadamente, beneficiar o então acionista maioritário. Duzentos e onze milhões, estima-se, terá sido o resultado da alegada marosca. Tudo culpa do Passos, já cá faltava. Coisa de meninos, se comparados com os três mil e setecentos milhões que os contribuintes portugueses enfiaram naquela empresa, para satisfazer os devaneios ideológicos dos inconsequentes mentais do BE e PCP.


2 – Por falar em comprar cenas por preço superior ao que outros compram. Acontecerá muito quando se juntam vendedores com reconhecida experiência na área da trafulhice e compradores com vontade de serem enganados. Especialmente se o dinheiro dos segundos não for deles e os primeiros tiverem um nível de generosidade particularmente elevado no que concerne à repartição de comissões. Dizem, que eu dessas coisas não sei nada.


3 – Uma moçoila daquelas que anda lá pelo governo a fazer de assessora, ou lá o que é que a menina faz, sugeriu a ocupação da ponte 25 de Abril como forma de protesto contra a chamada crise da habitação. Ainda que quando juntas na mesma frase as palavras “ocupação” e “habitação” me causem alguma brotoeja, esta ideia deixa-me visivelmente satisfeito e ansioso pela sua concretização. Não é que tenha especial apreço pela causa nem, tão pouco, por formas de luta que incomodem quem não tem nada a ver com o assunto. É só por recordar que foi com uma cena parecida que se iniciou fim do cavaquismo.

Os “meus” mesmos são outros

Kruzes Kanhoto, 04.06.22

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“Não podem ser sempre os mesmos a pagar”, vão hoje berrar una quantos patetas. Poder podem, mas não deviam. Nisso, ao menos, estamos de acordo. Fazer incidir o foco da austeridade sempre sobre os mesmos não me parece nada bem. O problema é que o conceito de “mesmos” afigura-se diferente consoante a perspetiva. E a minha é claramente diferente daquela que é protagonizada pela esquerda barulhenta. O meu conceito de sacrificados pelo pagamento das “favas” inclui aqueles que, trabalhando, ganham setecentos, oitocentos ou mesmo mil euros, pagam uma barbaridade de impostos e não têm aumentos quase há vinte anos. Diferente, muito diferente, do que é propalado pela esquerda em geral, desde o governo ao BE, que só se preocupa com quem não paga impostos, tem tudo e mais um par de botas à borla e, no mesmo período de tempo, viu o seu vencimento - SMN - crescer quase cem por cento. Os mesmos que pagam a crise também não são, seguramente, os reformados que auferem dois ou três mil euros e, ainda assim, para os quais a esquerda “orientou” um aumento.

É desta demagogia que se alimenta o PCP. Obviamente que não consegue enganar o eleitorado. Quase toda a gente já percebeu quem é que, de facto, paga a crise. Daí que precise de se disfarçar. Criar organizações fantoches e arregimentar palhaços constitui uma estratégia que pode ter resultado há quarenta anos, mas que hoje não engana ninguém. Até porque os palhaços estão velhos, de cabelos e barbas brancas, quais pais-natal. E nesses já nem as crianças acreditam.

Coerência ou a vã glória de definhar

Kruzes Kanhoto, 19.04.22

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Há quem, mesmo não sendo comunista, veja no PCP um poço de virtudes. Nomeadamente ao nível da coerência, qualidade que enaltecem com algum enlevo e manifesta admiração. Não me incluo nesse grupo. Onde outros veem virtude eu vejo burrice, teimosia e ideias políticas repugnantes, por já terem dados provas consistentes em todos os lugares onde foram postas em prática, que condenam os povos à desgraça.

Esta coisa da Ucrânia acabou-lhes com essa alegada virtude que será pensar sempre da mesma maneira. Desde sempre que para esta pequena agremiação política tudo é nacionalizável. Tempos houve em que até as tabernas estavam no rol. Hoje depende. Para os comunistas nacionalizar empresas russas é roubo, mas nacionalizar empresas portuguesas – ou com capital estrangeiro – é urgente, necessário e uma cena muito patriótica e de esquerda. Depois ainda há comunistas a queixarem-se que querem acabar com o PCP…não é preciso, o PCP está a tratar disso sozinho.

PS: A terceira imagem tem sido profusamente partilhada em inúmeras páginas de militantes comunistas no Facebook. Pode, admito, não vincular o partido, mas apenas os muitos “camaradas” que a exibem no seu perfil.

Mais bandeiras do que comunistas...mas muito menos do que as suas vitimas!

Kruzes Kanhoto, 08.03.21

Parte do país acordou este fim de semana como se estivesse em Pequim ou Pyongyang. O centro das principais cidades foi poluído por centenas de bandeirolas encarnadas com foices e marretas amarelas. Foi a maneira imbecil que os comunistas portugueses encontraram para dar nas vistas a propósito do centenário do partido que os representa. Por cá, felizmente, não tive o desprazer de me deparar com tal coisa. É a vantagem de morar numa cidade pequena e, principalmente, quase não haver comunistas. Pouco mais do que um por cada ano que o dito partido está a celebrar, com azar.

Também os jornais e as televisões se desfizeram em elogios ao PCP. Estão no seu direito. O mesmo direito que comunistas e outros anti-democratas têm a expressar as suas ideias. Por mais erradas e criminosas que a história demonstre que são. Fazer-nos acreditar que os portugueses devem alguma coisa ao partido comunista, é que já é um bocadinho demais. Eles, de facto, foram os principais lutadores contra a ditadura salazarista. Lá isso ninguém nega. Mas não lutavam, como depois do 25 de Abril se viu, nem pela democracia nem pela liberdade. Lutavam por outra ditadura. Como aquela que vigorou em inúmeros países que ainda hoje admiram e onde os mortos que esses regimes causaram se contam em muitos milhões. Pode argumentar-se que isso são coisas do passado. Talvez. O pior é que a história tende a repetir-se. E a histeria, às vezes, também.

Impostos bons e impostos maus.

Kruzes Kanhoto, 21.11.20

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Não é que queira, pelo menos para já, voltar ao tema do IRS e da taxa plana. Até porque anda por aí gente suficiente a dissertar sobre isso. Ainda que, a maioria dela, saiba tanto do assunto como eu de cozinha etíope. Lavar a cabeça a burros é gastadouro de sabão, como garantia a minha avó, e como os argumentos conseguem ultrapassar o nível da imbecilidade o melhor é nem me meter com eles.

Entretanto não sei para onde migraram todos os que se queixavam do enorme aumento de impostos no tempo do Vitor Gaspar. Já se esqueceram, pelos vistos. Ou, se calhar, gostam de pagar impostos quanto o partido deles está no poleiro. São, certamente, os impostos bons – os de agora - e os impostos maus – os de antes. Mais ou menos como aquilo das armas nucleares, no tempo da guerra fria, em que havia as boas e as más. Sendo que, para essas alminhas, as boas eram as que estavam apontadas para nós...

O cúmulo da intelectualidade

Kruzes Kanhoto, 03.09.20

Houve uma época em que o pessoal gostava de fazer piadolas acerca do “cúmulo” disto ou daquilo. O cúmulo da rapidez, por exemplo, seria fechar uma gaveta à chave e meter a chave lá dentro. Algo impossível, está bem de ver. Hoje, depois de anos sem ouvir graçolas a propósito de cúmulos, alguém escrevia “imaginem serem estúpidos ao nível de ainda acharem que o comunismo funciona”. Imaginar algo assim, ou ainda que vagamente parecido, é capaz de ser um bom cúmulo para a estupidez. O pior é que há muitos que acreditam nisso. Só no parlamento estão trinta e um. Ou mais, se contarmos com uns quantos que militam no PS mas que evidenciam todos os sinais de quem padece dessa maleita psicológica.

Por falar em comunistas. Na composição do comité central – que está disponível no site do pcp – há gente de inúmeras profissões. Uma delas deixou-me profundamente intrigado. Há três ou quatro camaradas que exercem a profissão de “intelectual”. Deve ser ignorância minha – ou distração, se calhar – mas não me lembro de ter ouvido falar numa greve dos intelectuais. Nem, sequer, num sindicato de intelectuais. Sinal que será uma actividade profissional onde não existem problemas laborais e, provavelmente, bem paga. Apesar de ter feito uma busca exaustiva, não encontrei empresas a recrutar intelectuais. Uma chatice. Será que já não há vagas?

Desprezível, esta gente...

Kruzes Kanhoto, 14.09.19

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Há muita falta de memoria na política e nos políticos. E nos eleitores, principalmente. Se houvesse memória, proclamações como a do camarada Jerónimo a gabar-se do seu partido ser um acérrimo defensor do ambiente, destruído pelo capitalismo está bem de ver, teriam o merecido tratamento. É que eu ainda sou do tempo em que os comunistas portugueses consideravam as noticias acerca do acidente nuclear em Chernobyl como propaganda anti-comunista. Coerente, esta malta.

A nódoa também cai no pior pano

Kruzes Kanhoto, 18.01.19

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Uma abjecta peça de anti-comunismo. Foi assim que a camaradagem reagiu à divulgação do contrato de um familiar do camarada-chefe com uma autarquia liderada por um comunista. Podia, sei lá, argumentar que mudar lâmpadas está pela hora da morte. Qualquer um, baseado na própria experiência, seria tentado a desculpar a exorbitância que a dita câmara anda a pagar. Ou, vá, insinuar que as outras trezentas e sete não farão muito diferente. Poucos ousariam duvidar de tão linear argumentação. Mencionar que se trata de uma política proactiva de combate aos baixos salários também não seria descabido. Todos aplaudiríamos. Tinham de começar por algum lado e fazê-lo, para dar o exemplo, por um camarada não seria motivo para nos aborrecermos. Mas não. Optaram por uma justificação abjecta. Vergonhosa, até. Principalmente vinda de um partido que garante ter paredes de vidro. E telhados, pelos vistos.