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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Deve ser aquilo da beira da estrada e coiso...

Kruzes Kanhoto, 14.06.16

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A seletividade da indignação nacional é algo que me diverte. Não me consegue surpreender mas lá que diverte, isso diverte. O caso do atentado contra a discoteca gay, por exemplo. Se todos usaram o “je suis Charlie” em perfis de facebook, blogs, jornais e onde a imaginação permitiu por que raio não fazem agora o mesmo em solidariedade com as vitimas deste último ataque? Devem ter escolhido outra forma de se indignarem. Ou então há aqui qualquer coisa ligeiramente homofóbica...

Ainda no âmbito da ausência de indignação temos os conselhos do Costa. Nomeadamente aquele que sugere aos professores que agarrem a oportunidade de emigrar para França. Parece que, desta vez e ao contrário de quando foi o outro a apontar o mesmo caminho, ninguém se ralou com a sugestão. Ensurdecedor o silêncio do Nogueira, esganiçadas e geringonços em geral. Nada de mais ou que surpreenda ao nível da coerência.

Por fim a última ideia de um autarca. O de Londres, no caso. Que até foi eleito com os votos da esquerda, amedrontada com as ideias de um perigoso direitista. O homem pretende proibir as imagens de mulheres esbeltas, mais ou menos desnudadas, em cartazes publicitários. Argumenta a criatura que isso causará problemas de índole diversa às senhoras que jamais conseguirão atingir igual patamar de beleza. Pois. Deve ser por isso, deve. Presumo que o facto do homem ser muçulmano seja alheio à decisão. Nada que aborreça os indignados profissionais. Ou, então, não querem dar parte de fraco das suas convicções multiculturalistas.

E agora, "suis" o quê?!

Kruzes Kanhoto, 12.06.16

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A culpa do atentado contra a discoteca gay lá nos States será, outra vez e de certeza, do imperialismo, do fácil acesso às armas, do capitalismo desenfreado, da invasão do Iraque, do Bush, da cimeira dos Açores, dos bombardeamentos na Síria ou dos ataques israelitas ao povo palestiniano. Talvez até - com um pouco de imaginação chegaremos lá - das politicas de direita do anterior governo. Mesmo que o atacante seja um afegão, membro ao que parece do Partido Democrático e seguidor do islão. Religião cujos seguidores, como se sabe, têm uma particular aversão a paneleirices e a quem as pratica. Ainda sim. Não tarda, os politicamente correcto detentores de toda a sapiência estarão aí para nos esclarecer acerca da bondade do atacante e da justeza das suas causas. Mesmo que elas incluam matar panilhas.