Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

E contra a trifobia, pázinhos, ninguém luta?!

Kruzes Kanhoto, 17.05.18

Diz que hoje é o dia internacional contra a homofobia, a bifobia e a transfobia. Não é que isso me importe – nem exporte, a bem dizer – mas, assim de repente, parece-me uma coisa esquisita. Daí que não vá desenvolver nenhuma acção de luta contra qualquer uma dessas fobias. Até porque, coitadas, nunca me fizeram mal nenhum.

Nestas matérias – como noutras, confesso – sou um bocado ignorante. Se relativamente à primeira – a homofobia – tenho uma vaga ideia do que seja, já quanto às outras são conceitos que escapam ao meu conhecimento. Bifobia será alguém com duas fobias, certamente. E transfobia deve ser quando um gajo ou uma gaja - ou um coiso, vá - tem medo ou aversão a transportes. Públicos, nomeadamente. Que, calculo, deve ser uma fobia muito comum. A não ser assim haverá aqui uma ilegítima apropriação linguística, em beneficio próprio, de algum grupo modernaço...

Cidadania activa

Kruzes Kanhoto, 20.04.18

IMG-20180418-WA0000.jpg

 

Há quem considere os automóveis uma praga. Os dos outros, nomeadamente. Mas lá que são muitos, são. A circular e parados. Alguns no mesmo sítio durante semanas, meses e, até, anos a fio. Sendo sobejamente conhecida a pouca competência revelada pelas autoridades supostamente competentes nesta matéria, é natural que os cidadãos, para chamar a atenção, desenvolvam acções. E estas parecem boas. Haja quem as siga. Às acções. Ou a estes exemplos, sei lá.

Que se f**** todos os subsio-dependentes!

Kruzes Kanhoto, 02.04.18

Por alguma razão, que assim de repente não estou a ver, o Estado retira anualmente uma percentagem – felizmente pequena, diga-se – ao orçamento do país para distribuir pela malta da cultura. Não percebo porquê. Mas, presumo, algum motivo deve haver para o dinheiro dos nossos impostos servir para produzir, entre outras coisas, peças de teatro e películas cinematográficas. Não admira, por isso, a má qualidade. Pouco se terão de preocupar com o sucesso de bilheteira, dado que o graveto está garantido. Que se f*** o público, portanto.

Ainda assim acham pouco. Querem mais. Muito mais. E não admitem que se pense de maneira diferente. Nem mesmo aos seus parceiros de profissões. Houve um deles que ousou criticar a postura de subsidio-dependência dos seus pares e, coitado, têm lhe dito das boas. Que se f**** os subsídios, terá proclamado o homem. E que se f**** também quem os recebe e quem os atribui, acrescento eu.

Reescrevam-se as histórias infantis!

Kruzes Kanhoto, 26.11.17

Uma inglesa doida varrida pretende banir a história da “Bela Adormecida” da escola do filho – desgraçada da criança que tal mãe tem – com o fantástico argumento que isso transmite às crianças que é legitimo a um homem beijar uma mulher enquanto esta dorme e, por consequência, sem o seu consentimento. Por incrível que possa parecer, a ideia suscita a simpatia de muita gente e merece um assustador número de comentários concordantes. Está tudo doido. Só pode. Ou, então, é um sinal dos tempos. Ou do fim deles.

Por cá, não há assim tanto tempo, já tivemos casos parecidos. Como aquela cena do “atirei o pau ao gato” e isso, que levou uns quantos patetas a argumentar que se tratava de promover a violência contra os bichanos. Só não percebo é porque não se indignam com o outro conto infantil em que a garota beija o sapo e o batráquio se transforma num príncipe. Oscular um bicho parece-me um acto repugnante e próprio de javardos.

Fico, também, à espera de um levantamento popular relativamente a outras histórias infantis. A Branca de Neve, por exemplo, que suspeito anda enrolada com sete gajos de baixa estatura. Comportamento que, convenhamos, não se afigura como o mais adequado para transmitir a criancinhas de tenra idade. E, pior ainda, nenhum desses baixinhos é negro, cigano ou muçulmano. Nem, mais grave, há entre eles qualquer homossexual. O que configura uma evidente promoção do racismo, homofobia e islamofobia. Só não vê quem não quer.

A igreja e os homossexuais

Kruzes Kanhoto, 17.11.17

Mesmo não sendo devoto de nenhuma causa religiosa – a minha religião é o Benfica, e isso me envaidece – tenho a vaga sensação de, em algum lado, ter lido ou ouvido que a igreja católica estaria a atravessar uma grave crise de vocações. Tanto assim seria que, ao que até agora era a minha crença, os candidatos a percorrer os caminhos da fé e a dedicarem a vida a Cristo seriam em número quase insignificante. Ou seja, ninguém queria ir para padre.

Parece que, também nisto, não podia estar mais enganado. Afinal existirá uma legião imensa de gente que aquilo porque mais anseia é vestir a sotaina. Bastou um clérigo qualquer afirmar que os homossexuais não reúnem as condições necessárias para o acesso à profissão – de fé, no caso – e que, portanto, não serão admitidos no sacerdócio para, quase de imediato, serem mais do que muitos os que, de repente, descobriram a vocação. Isto, claro, a julgar pelas reacções exacerbadas que as palavras do senhor – o vigário, não o Outro – motivaram entre, quero acreditar, os putativos candidatos a seminaristas. Ou, então, são apenas os cães raivosos do politicamente correcto a mostrarem os dentes quando alguém lhes “vai ao cú”.

Mas, a bem dizer, a posição da igreja quanto a esta temática não se me afigura muito católica. Podiam, digo eu, aceitar os homossexuais. Pelo menos os não praticantes.

 

A malta quer é copos e gajas boas!

Kruzes Kanhoto, 21.03.17

jABTE2Y.jpg

 

E pronto, já cá faltavam as virgens ofendidas com as declarações do presidente do Eurogrupo. Aquilo do gajo ter considerado que nós, a malta do sul, esturramos o guito todo em bebida e com as gajas, caiu mesmo mal às alminhas mais sensíveis. O homem, coitado, estava apenas a usar uma metáfora para salientar o quão mal gastamos o dinheiro que os outros nos emprestam. Nós também podíamos, por exemplo, dizer que os holandeses estoiram demasiado graveto com marroquinaria. Metaforicamente falando, também. Poder, podíamos. Mas não era a mesma coisa. É que eles gastam-no, mas é deles. Convinha, digo eu, percebermos estas nuances.

Isto é mais ou menos como aquela cena do pedinte a quem damos uma esmola porque, afiança-nos, não tem dinheiro para comer mas, depois e já com as moedas na mão, vai comprar tabaco ou beber um copo. Ou como aquele amigo a quem desenrascamos umas massas e, em vez de orientar a vida, vai esbanjá-las em inutilidades. Todos, nestas circunstâncias, não se coibiriam de mandar o seu bitaite. Tal como o fez este socialista holandês.