Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Valorizável é ser criminoso de esquerda...

Kruzes Kanhoto, 04.01.19

Vai por aí um imenso chavascal pela aparição de um figuração qualquer, alegadamente conotado com a extrema-direita, num daqueles programas televisivos destinados a donas de casa. O basqueiro é de tal ordem que até já meteu queixinhas numas quantas entidades e tudo.

Não sei o que disse a criatura, nem isso é coisa me interesse. O que me aborrece é a existência de gente que se acha no direito de determinar quem pode ou não aparecer na televisão e de decidir acerca das opinião ou ideias que merecem ou não transmitidas. Chama-se a isso censura e era, para os que não sabem, algo que existia no tempo da ditadura. Seja a de antes do vinte cinco de Abril ou na outra – felizmente breve - que acabou em vinte cinco de Novembro de setenta e cinco.

De resto, se a condição de meliante constitui o motivo para tanta indignação, tenho alguma – para não dizer muita – dificuldade em entender a ausência de igual inquietação quando um conhecido pirata, bombista, assaltante de bancos e sei lá que mais aparece nas televisões. Ou ser de esquerda legitima toda a espécie de crime?

Não ser de esquerda é uma doença

Kruzes Kanhoto, 24.10.18

Acho piada àquela cena das fake news. A sério. A melhor de todas as fake news é a que fica subentendida nas noticias sobre fake news. Que as fake news são sempre, mas sempre, oriundas da direita. A esquerda, essa área de pensamento político onde estão reunidas todas as pessoas sérias, honestas, bondosas, inteligentes e, em suma, dotadas de todas as qualidades que um ser humano pode possuir e isentas de todos os defeitos e má-formações de que o mesmo pode padecer, não produz fake news. Nunca. Estou até desconfiado que não ser de esquerda é uma doença.

Esquerda xenófoba e racista

Kruzes Kanhoto, 10.09.18

Está mais ou menos enraizada na opinião pública nacional a ideia que, por cá, não existem partidos ou movimentos populistas e xenófobos. Ai não que não há. Existem e, alguns, até estão no poder. Ou, pelo menos, fazem parte da base de sustentação do governo.  A menos que essa coisa terrível, dramática e altamente condenável do populismo e da xenofobia se esteja a transformar num conceito muito elástico. Dependendo da origem e da condição social, por exemplo. Só isso justifica a intenção de acabar com os benefícios fiscais a não residentes, dificultando ou mesmo impedindo a sua vinda e, simultaneamente, escancarar a porta à entrada de migrantes pobres que vivam à conta do Estado.  

Pelos vistos se eu me manifestar com a vinda de migrantes africanos, atraídos pela possibilidade de viverem à pala dos contribuintes, sou racista, xenófobo e populista. Quiçá, até, um perigoso meliante de extrema-direita. Se protestar contra a presença de chineses, brasileiros ou reformados do norte da Europa que demandam o país em busca de um regime fiscal mais favorável já sou um gajo com uma opinião altamente valorizável. Um tipo às direitas. Salvo seja. Às esquerdas, se calhar. Que isso agora é que está dar. 

A culpa é do Passos, pá!

Kruzes Kanhoto, 13.12.17

Parece que aquela cena da Raríssimas já tem um culpado. Ou responsável, vá. E não, não é o actual ministro da Segurança Social que, para além de tutelar a instituição, até foi vice-presidente da assembleia geral daquela coisa, onde, pelos vistos, fazia como a Cristas enquanto ministra.

Desengane-se, também, quem esteja com ideias de culpabilizar os restantes membros de todos os outros corpos sociais da associação. Não viram nada, não sabiam de nada e coisa nenhuma lhes levantou suspeita. Livrem-se, igualmente, de suspeitar que os serviços públicos competentes – é, obviamente, uma força de expressão – possam ter no caso, ainda que ao de leve, alguma responsabilidade no assunto. Não tiveram. Nunca têm.

A culpa, como ando desde ontem a ler e a ouvir, foi do Passos Coelho. Nem podia ser de outro. E não vale a pena perguntar porquê. Os acusadores disparam, de rajada e à queima-roupa, um infindável rol de motivos que, todos juntos, me deixam convencido da sua razão. Desde aquilo de ter reduzido o Estado ao mínimo indispensável, à promoção da caridade, ao retirar o apoio que o Estado devia dar a tudo e mais alguma coisa para passar essa função para os privados, até apenas porque sim e porque Passos é Passos, tudo tem servido para culpar o ex-governante pelas alegadas tramóias que agora vieram a público.

Nada disto é surpreendente. A culpa, seja do que for, nunca pode ser de ninguém de esquerda. Nem, sequer, a solução que a canhota apresenta para que casos destes não se repitam causa grande espanto. Ponha-se o Estado a prestar todos esses serviços de assistência social, defendem. Assim estilo ex-União Soviética e outros paraísos felizmente extintos.

Desinspiração

Kruzes Kanhoto, 19.03.17

Confesso a minha falta de inspiração. Isto apesar de temas para escrever ser coisa que não falta. Pelo contrário. Culpo a esquerda por isso. Pela falta de inspiração e pela abundância dos temas. Tantos que até se torna difícil escolher. Esta acusação não é em vão. Por um lado a esquerda é óptima a criar factos, visões paralelas, mundos alternativos e reinos de fantasia. Tudo coisas que proporcionariam inúmeros posts e, em condições normais, um rol quase infindável de tiradas jocosas e outras tantas piadolas a escarnecer dos seus autores. Mas, por outro lado, a esquerda bafienta e retrograda tomou conta das televisões, das rádios e da opinião publicada em geral. O que, naturalmente, me afasta dos locais onde essa malta destila a sua verborreia irracional. Prefiro não saber o que dizem e, consequentemente, ficar sem motivo para os gozar, a ter de os aturar. Assim como assim, ainda prefiro aqueles programas onde, entre gritos histéricos, concorrentes e apresentadores admitem publicamente a sua burrice. Sempre são mais honestos.

Populistas à portuguesa.

Kruzes Kanhoto, 10.12.16

Captura de ecrã de 2016-12-10 12-22-29.jpg

 

A esquerda em geral, a intelectualidade em particular, a imprensa politicamente correcta e até alguns papalvos que nem desconfiam o que isso significa andam extremamente preocupados com o populismo que, segundo eles, estará a ganhar uma inusitada e preocupante força na Europa e nos Estados Unidos. Ora, segundo o dicionário Priberan, populismo será uma política que procura obter o apoio da população através de medidas que aparentemente lhe são favoráveis. Então, segundo esta definição, o actual governo e os partidos que o apoiam constituem, em Portugal, a expressão maior do populismo. Fácil é também concluir que o anterior terá sido, desde que me recordo, o menos populista de todos os governos.

Parece-me descortinar aqui uma estranha incoerência. Ou, então, não. Talvez não tenha nada de estranho. Nem de incoerente. A esquerdalha, a intelectualidade, a imprensa politicamente correcta e demais papalvos apenas apreciam a pluralidade de opiniões quando estão de acordo com eles. Ou detêm a maioria. Como sobejamente sabemos o populismo é sempre de direita. À esquerda até a mais abjecta das ditaduras é tolerada. Ou, mesmo, elogiada como não se têm cansado de fazer em relação ao Fidel.

E o vento, camaradas?! Esqueceram-se do vento!

Kruzes Kanhoto, 02.08.16

19295632_MupMg.jpeg

 

Sejamos claros. A popularidade do governo deve-se, quase em exclusivo, a três grupos sociais. Funcionários públicos, reformados e pessoal da restauração. A uns restituiu os cortes, aumentou reformas nalguns cêntimos a outros e aos últimos deu mais dinheiro por via da baixa do iva. Obviamente que ficaram todos contentinhos. Mas não ficariam, se soubessem fazer contas. Nomeadamente a quanto dessa reversão, de vencimentos e pensões, perderam com os impostos entretanto agravados. Mas reconheça-se a manha dos geringonços em jogar com a iliteracia financeira da generalidade dos portugueses. Enquanto assim for, por mais que nos esmifrem, tudo lhes será perdoado.

Hoje, depois de semana passada anunciarem o truque do euro milhões, inventaram outro esquema manhoso para nos roubarem mais dinheiro. O dinheiro que precisam para, satisfazendo as clientelas, se aguentarem no poder. Vamos passar a pagar o sol que nos entra casa dentro e as vistas que alcançamos das nossas janelas. Desta nem o governo mais ultra-liberal, que mais roubou os portugueses em toda a história do país, se lembrou. Sim, porque caso semelhante ideia tivesse ocorrido ao Parvus Coelho nem todo o stock de tampões auriculares nos protegeria das esganiçadas, dos Galambas, dos Jerónimos e de outros políticos preocupados com o ataque aos rendimentos e o bem-estar dos portugueses levado a cabo pela troika, o pacto de agressão e as outras balelas a que nos habituámos.

Face à tragédia orçamental que se avizinha tenho até medo de imaginar o que se segue. Que mais irá esta gente inventar? Um imposto sobre os pockemons capturados pela rapaziada que se entretém nessas caçadas esquisitas? A cobrança de uma taxa aos peões para manutenção da calçada dos passeios? Um imposto de circulação sobre bicicletas, skates e trotinetas? A sorte é que já acabou a austeridade...Olha se não tem acabado!

Tanta casa sem gente... e tanta gente sem as conseguir vender!

Kruzes Kanhoto, 06.07.16

imi.jpg

  

A esquerda gosta de impostos. Principalmente daqueles que ela entende incidirem sobre os mais ricos. E isso de ser rico é, para a esquerda, um conceito muito abrangente. Basta ter qualquer coisa de seu, mesmo que daí não se obtenha rendimento, para merecer o rotulo de ricaço e merecedor de ser severamente punido por causa disso.

É o caso, já abordado noutros posts, do Imposto municipal sobre imóveis. A geringonça vai providenciar que as câmara o possam aumentar se os prédios estiverem devolutos. Ora tal medida, por mais aplausos que possa receber da ala esquerdista da nossa sociedade, constitui apenas mais um roubo. O país não é Lisboa, o Porto ou, vá, a faixa costeira que vai de Setúbal a Viana do Castelo. Existe outro país para além desse. Onde muitas casas estão fechadas por não haver gente para as ocupar e onde, se esta intenção for para diante, a solução terá de passar pela demolição massiva dos edifícios desocupados e sem perspetivas realistas de poderem, um dia ainda que longínquo, voltarem a ser ocupados de novo. Já estou a imaginar o quão bonitas ficarão as nossas vilas e cidades do interior...

Este é um problema transversal a toda a sociedade e todos, mesmo os que agora aplaudem a ideia, um dias destes vão perceber a estupidez da medida. Basta que comecem a herdar as casas dos pais, dos avós, dos sogros ou da tia rica da província.

Daaaaaxxxxxxx qué burro!

Kruzes Kanhoto, 16.11.15

12189788_1655260324754588_1990428675474834828_n.jp

Com preocupante frequência têm surgido, de há uns tempos a esta parte, algumas vozes a sugerir a imposição de restrições à liberdade individual dos cidadãos. Nomeadamente em relação ao que se publica na Internet com o intuito de, segundo quem defende esta tese, combater o ódio e o incitamento à violência.

Não posso estar mais em desacordo. Mesmo achando que imagens como esta – copiada de um qualquer site comunista latino-americano e publicada no Facebook por um javardo comuna com a mania que é intelectual - constituem uma clara demonstração de intolerância. E de apelo à pancadaria, também. Até eu, que sou um gajo pacifico, fiquei com vontade de lhe ir aos cornos. Salvo seja, que a velhota, coitada, se calhar não é dessas coisas.

Ainda assim, defenderei sempre que a besta em causa deve ter toda a liberdade para continuar a escoicear. Afinal se ele não fosse livre para o fazer nunca saberíamos quão mentecapto é o animal. Sem ofensa para os ditos, que não quero cá aborrecimentos com o PAN.