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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Uma risota, isto.

Kruzes Kanhoto, 28.03.21

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Olha-me este. Armado em populista, o senhor. Agora a dizer que há quem entre na política com uma “mão na frente e outra atrás” e saia de lá bem “abotoado”!!! Ná, isso não pode ser. Eu não conheço ninguém assim, não conheço ninguém que conheça alguém assim e, aposto, nenhum dos meus leitores será capaz de, sequer, admitir que conhece alguém nestas circunstâncias. Isso é uma impossibilidade prática. Quando muito, vá, alegadamente abotoado. Ou abotoada.

Sempre achei que, ao ir para a política, quem de repente começa a ganhar dois ou três mil euros líquidos por mês consegue fazer uma vidinha jeitosa. Nomeadamente por manter os hábitos de poupança herdados do tempo em que ganhava bastante menos. Daí as noticias de gente que, assim que se dedicou a servir a causa pública, desatou a comprar casas, viajar ou a trocar de carro não me suscitem motivos para desconfianças e sempre me pareceram manifestamente exageradas. Sim, eram pobretanas e agora, aparentemente, vivem de forma desafogada mas, acredito eu, aquilo dever-se-á a uma rigorosa gestão dos respectivos rendimentos. Assim do tipo comer açorda em casa e caviar quando é a “política” a pagar.

Há sempre quem desconfie que por “baixo da mesa” haverá uns trocos que mudam de conta ou malas cheias deles que mudam de dono. Dessas cenas, obviamente, nada sei. Mas, já dizia a minha avó, para quem não tem vergonha todo o mundo é seu. E o mundo dos contratos públicos, para aqueles que não têm vergonha, pode constituir um manancial de oportunidades para melhorar de vida. Se alguns aproveitam ou não, reitero, desconheço. Mas lá que alguns parecem muito pouco envergonhados isso, alegadamente, parece...

Engenharias...

Kruzes Kanhoto, 25.06.18

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(Imagem obtida na internet - autor desconhecido) 

Haverá, alegadamente convém sublinhar, muitas obras públicas que apenas viram a luz do dia para alguém – que não aqueles que seriam os supostos beneficiários – ganhar dinheiro com elas. É, pelo menos, disso que está convencida a generalidade dos portugueses. Exemplos que nos forçam a acreditar nessa tese, infelizmente, não faltam. Mas, convenhamos, há quem tenha elevado este conceito a outro patamar...

 

No passa nada

Kruzes Kanhoto, 30.06.17

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Uma quantidade bastante simpática de armamento levou sumiço de um quartel. Nada de novo. Já aconteceu noutras ocasiões. Nem, pelos vistos, é coisa que constitua motivo para preocupação de maior. Só falta aparecer aí um marmanjo qualquer, como da outra vez, a garantir que as armas estão em boas mãos. E ainda há quem insista em afiançar que a história não se repete...  

 

Diz o Jornal de Noticias de hoje que metade dos portugueses toleram a existência de corrupção autárquica. Fico, confesso, basbaque perante tão surpreendente revelação. De queixo caído, como dizemos por cá. Achava eu, na minha santa ignorância, que essa taxa de tolerância rondaria para aí os noventa e cinco por cento. Ou mesmo mais. A ser verdade, este número apenas vem revelar que a outra metade dos tugas são uns ingratos. Não valorizam o esforço hercúleo que os autarcas desenvolvem em prol da criação de emprego, da dinamização da economia e da simplificação de procedimentos ao nível da decisão. Uma falta de reconhecimento perante tanta eficiência, é o que é… 

 

Um mártir dá sempre jeito...

Kruzes Kanhoto, 20.03.17

De repente ficou toda a gente com muita peninha do Sócrates. Coitadinho. Está, garantem, a ser vitima da incompetência da justiça que não ata nem desata nessa coisa da acusação, ou lá o que é. Um atentado aos direitos, liberdades e garantias de um cidadão que não pode ficar eternamente sob suspeita. Pois. Deve ser isso tudo, deve. E aquela parte do “cada tiro, cada melro”, também. Ou, então, é aquilo das barbas do vizinho. É que, não é por nada pois eu destas coisas só sei o que ouço dizer, se a investigação se prolongar por muito mais tempo isto ainda chega ao nível de “paróquia”...

Vêm aí as obras publicas. Cuidado com a carteira!

Kruzes Kanhoto, 08.12.16

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Há já membros do governo a anunciar o regresso para 2018 das obras públicas megalómanas ou, como eles preferem chamar-lhes, grandes projectos de infraestruturas. O grave da coisa não é o anúncio. Nem, tão pouco, a evidente vontade de voltar a esturrar dinheiro naquilo a que gostam de chamar de investimento público. Percebo que o queiram fazer. Afinal é isso que faz circular o guito de uns bolsos para os outros. É isso que faz uns quantos ficarem bastante mais ricos. Nomeadamente os que decidem investir. É sempre assim. Ao contrário de outros investimentos, em matéria de obras públicas o investidor ganha sempre. E os que perdem, invariavelmente, são sempre os mesmos. Os contribuintes. Ainda que com isso poucos se preocupem.

Mas, escrevia, mais alarmante nem é esta intenção. Preocupante é aquela gente não ter percebido nada do que aconteceu ao país nos últimos vinte cinco anos. Nem eles, nem a quantidade de tugas que aplaudem veementemente a ideia. Pior. Eles nem sequer percebem que não podem repetir a maluqueira. Desta vez já não há quem empreste dinheiro. Agora nem o Espírito Santo lhes vale.

Ganham mal?! Vão dizer isso a quem ganha o salário mínimo!

Kruzes Kanhoto, 17.04.16

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Primeiro foi  o gajo do sindicato dos trabalhadores dos impostos - parece que se chama assim, pelo menos enquanto a Catarina não impuser uma lei a acabar com esta denominação claramente discriminatória do género - a garantir que a culpa da corrupção era dos cortes salariais. Agora é a TVI a reportar que os agentes da PSP e os militares da GNR ganham tão pouco, mas mesmo tão pouco que alguns até passam fome. Admito que os vencimentos destes profissionais não sejam os desejáveis. Nomeadamente para o nivel de risco de enfrentam. Mas isso é mal geral. Todos ganhamos pouco. E, no caso em análise, estes senhores e estas senhoras ganham acima da média nacional e muito mais do que a maioria dos portugueses. Dizer que têm fome é, neste contexto, manifestamente exagerado. Poderão quando muito ter larica. Sentir um ratinho, vá. Caso andem a fazer dieta...

 

Serão as bruxas corruptas? Ou os corruptos é que parece que são bruxos?

Kruzes Kanhoto, 21.06.15

As bruxas e a corrupção têm muito em comum. Parece, até, que ambas estão intimamente ligadas. Das primeiras – as bruxas - costuma-se dizer que apesar de não acreditarmos nelas, lá que a há, há. Já a corrupção acreditamos que existe mas, por mais que nos esforcemos, nunca a conseguimos ver. Curiosamente não é raro depararmos com coisas que nos parecem apenas possíveis graças a uma qualquer bruxaria. Ou, menos raro ainda, a situações que levam, mesmo ao mais ingénuo, a desconfiar da impossibilidade da coisa sem a intervenção de uma mãozinha corrupta. Seja como fôr a existência de bruxas e de corruptos, salvo uma ou outra bruxa menos discreta ou um ou outro corrupto mais descuidado, está ainda por demonstrar.

O que já está mais do que demonstrado e diariamente reafirmado é o apelo de autarcas, ex-autarcas com vontade de ser novamente autarcas, opositores a quem já cheira a poder e patos bravos em geral ao “investimento público”, ao “fim da austeridade” e, em suma, à abertura das torneiras do pote. Toda esta malta não esconde a ansiedade de voltar a esturrar o dinheiro do contribuinte. Tudo, garantem, para o bem do povo. O mesmo povo que não acredita em bruxas, mas que crê piamente na existência de corruptos. Mesmo que uns e outros permaneçam invisíveis. Para alguns.

Ainda bem que alguns ficaram de fora...

Kruzes Kanhoto, 27.09.07

A corrupção, ao que demonstram os últimos estudos promovidos por uma organização não governamental, tem aumentado em Portugal. Especialmente no que aos funcionários públicos diz respeito. Entre os países analisados Portugal ocupa o 28º lugar de uma longa lista de 180, ordenada a partir do menos corrupto que é, sem surpresa, a Alemanha. Nada mau portanto. Embora tenhamos descido dois lugares no ranking relativamente aos dados de um anterior estudo.

Refira-se a propósito que para a realização desta análise não foram incluídos políticos nem dirigentes desportivos. E ainda bem.