Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Para o ano vai ao Marquês festejar o 39 com o Ventura...

Kruzes Kanhoto, 19.06.23

1 – O primeiro-ministro terá ido ver um jogo de futebol utilizando, alegadamente, meios do Estado. Não sei do que se admiram. O dinheiro dos contribuintes é do Estado e o Estado faz com esse dinheiro o que muito bem entender. Nomeadamente ir à bola.

2 – Ainda sou do tempo em que causava indignação generalizada a ida de governantes ao Estádio da Luz. Dizia-se que a proximidade de políticos a gente pouco dada à seriedade não seria benéfica para a credibilidade dos primeiros. Agora tais actividades apenas são criticáveis se o espectador não for do PS e uma das equipas em jogo for o Benfica.

3 – De ora em diante o discurso demagógico e repetido até à exaustão por António Costa, acerca de uma eventual aliança do PSD com o Chega, passa ser ainda mais ridículo. Quem vai à bola com um dos líderes mais extremistas e radicais de direita não terá muita boca para falar acerca dessas coisas.

É a "Comprativa", camaradas!

Kruzes Kanhoto, 19.04.23

Screenshot_2023-04-19-10-20-01-619_com.twitter.android

1 – Nem desconfio quem propõe idiotices destas, mas, presumo, será um fedelho ignorante. Nem nos anos do PREC o pessoal era tão burro que pretendesse meter o Estado no negócio das mercearias. Optou-se, então, pelas cooperativas de consumo. Deram no que deram. É falar com os mais velhos que eles explicam porque faliram ao fim de poucos anos. Hoje nem conseguiam aguentar um mês.

2 – Segundo estimativas do governo a pirataria, nomeadamente ao nível do audiovisual, será responsável pela perda de mais de duzentos milhões de euros em impostos. Não sei como chegaram a este número, mas acho piada que falem em “perda”. Por mim, se por acaso utilizasse esses esquemas manhosos para ver os jogos do Benfica, só o faria por ser à borla. Pagar SporTv, ou outros que tais, é coisa que nem equaciono. Portanto esqueçam lá a ideia de algum colocar a mão nesses tais duzentos milhões...

IMG_20230417_090515

3 – Nunca compreenderei o que leva alguém a co-habitar com um cão. Menos ainda a razão porque o leva à rua para cagar. Se o tratam como uma pessoa, se partilham com ele a cama e o que mais calhar parece esquisito que não possam partilhar igualmente a casa de banho.

E uma cena em grande, não se arranja?! Daquelas que é preciso fugir para Vigo, ou isso...

Kruzes Kanhoto, 27.01.23

Presto pouca atenção a estas coisas da corrupção noticiada. A esmagadora maioria são “peanuts”, como dizia o outro. E, posso estar enganado, apenas servem para distrair o pagode e entreter as autoridades a quem compete investigar este ramo da actividade humana.

O “Expresso” de hoje é um exemplo. Vá lá saber-se porquê nunca mais ligou aquilo dos “Panamá papers”. Apesar de, na altura em que lançou a bisca, ter prometido revelar todo o escândalo. Promessas. Ou arrependimentos, sei lá. Em vez disso presenteia-nos com mais uma suspeita de corrupção desportiva a envolver o Benfica. Mesmo sabendo que enquanto o mundo girar em torno do Sol haverá sempre uma agremiação - alegadamente desportiva e cujo nome não será escrito neste blogue por respeito à decência  - a suscitar questões de natureza ética e criminal em relação ao maior clube português, não vou aqui fazer a defesa do Glorioso. Até porque “não ponho as mãos no fogo” por ninguém. Era o que mais me faltava.

A historieta que o dito jornal puxa para a capa revela, antes do mais, uma tremenda falta de imaginação. É que seria muito mais fácil acreditar que o Benfica teria subornado o Rui Patrício para dar aquele frango, num jogo contra o Marítimo na última jornada do campeonato, que permitiu ao Benfica ir à Liga dos Campeões. Ou ter pago ao Brian Ruiz para falhar, a meio metro da baliza deserta, aquele golo que deu a vitória em Alvalade e no campeonato ao Glorioso SLB. Agora pagar ao Edgar Costa para “jogar mal”...sinceramente não estou a ver a utilidade de gastar dinheiro numa coisa dessas. Isso, afinal, é o que ele faz sempre. Nem precisa de ser subornado.

Informaçãozinha de qualidade

Kruzes Kanhoto, 19.11.20

IMG_20201117_185422.jpg

A CMTV, essa referência do jornalismo televisivo, informava um destes dias que o Benfica, a maior instituição nacional, está colado com fita-cola. Já andava desconfiado. Uma defesa de vidro e um meio-campo de porcelana não auguravam nada de bom. Agora, segundo aquele conceituado órgão de informação, confirmam-se as minhas suspeitas. Escangalhou-se tudo. Vá lá que a coisa resolveu-se com cola. Só espero é que não façam mais fitas.

Populismo valorizável

Kruzes Kanhoto, 13.09.20

FB_IMG_1599944230470.jpg

A cada dia os populistas fofinhos arranjam um novo motivo para indignar a populaça. Foi o Novo Banco onde, nos últimos cinco anos com o apoio do BE e PCP, o governo injectou milhares de milhões de euros mas agora nenhuma das partes da geringonça parecem nada ter a ver com o assunto e até se mostram indisponíveis para cumprir o contrato que assinaram com o comprador daquilo. Mudaram de ideias, pelos vistos. Coisa muito comum em políticos.

A indignação seguinte – se calhar para fazer esquecer a anterior, que estava a começar a virar-se contra os promotores – é por António Costa e Fernando Medina fazerem parte da comissão de apoio à recandidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica. Confesso que, no caso, também me sinto ligeiramente indignado. Gente desta só dá mau nome ao Glorioso.

Já por destacadas figuras do aparelho socialista manifestarem publicamente a intenção de dar o seu voto às candidaturas comunistas à presidência da Republica, ninguém se aborrece. Mas devia aborrecer. É que se este apoio diz muito acerca do estado lamentável a que chegou o Partido Socialista e na circunstância o país, a ausência de indignação dos socialistas que apreciam a democracia – presumo que ainda existam uns quantos – diz muito mais.

Secou-se-lhes a saliva...

Kruzes Kanhoto, 05.03.20

Admito que, dadas as circunstâncias – nomeadamente as das ultimas semanas, tenho andado menos atento ao fenómeno desportivo. Deve ser por isso, ou por outra coisa qualquer que se me esteja a escapar, que me parece não existir por aí um grande entusiasmo com a operação “fora de jogo”. Aquela que anda a investigar uns quantos clubes e agentes ligados ao futebol. Pelo menos o nível de burburinho não tem comparação com aquele que ocorria quando, noutras ocasiões, as buscas se centravam unicamente ali na zona do Colombo.

Ocorreu-me, a este propósito, visitar meia-dúzia de perfis no Facebook e no Twitter de gente que com uma frequência doentia postava opiniões, frases feitas e idiotices diversas acerca de negócios manhosos do Benfica, enquanto simultaneamente se desfazia em elogios e se babava com as denuncias do pirata informático engaiolado. Devem ter levado sumiço, a maioria. Outros baixaram o tom para o nível pianinho. Vá lá saber-se porquê. Embora eu calcule que seja por causa da teoria que defenderam durante muito tempo segundo a qual o melhor ainda estava para vir. Vão ver está mesmo…

Querem queixinhas? Cuidado com o que desejam...

Kruzes Kanhoto, 18.07.19

As pessoinhas andam muito sensíveis. Qualquer coisa as ofende ou, pior, acham que qualquer coisa pode ofender este ou aquele grupo de outras pessoinhas que as primeiras pessoinhas consideram vulnerável, desprotegido ou o que calha. Por tudo e – principalmente – por nada exigem que os alegados ofensores façam pedidos de desculpa, se penitenciem pelas alegadas ofensas ou, cada vez com maior frequência, fazem queixinhas às novas policias do pensamento e do bem comunicar. Assim uma espécie de nova PIDE ou policia da virtude, moral e bons costumes ao melhor estilo da Arábia Saudita. Não sei quem lhes passou procuração, mas é assim que funciona.

Por mim só estou à espera de piadas, anedotas ou simples dichotes envolvendo alentejanos. Quem se atrever vai ter-me à perna. Discriminar alguém em função da origem geográfica parece que constitui um crime e se tal é aplicável relativamente a quem escarnecer dos nascidos no Burkina Faso que por cá habitam, também será aos que nasceram no Alentejo. E, de caminho, quem zombar ou propalar alarvidades susceptiveis de ferir os meus sentimentos clubísticos, leva igualmente com a queixinha da ordem. Sim, que isto não há cá ofensas mais toleráveis do que outras.

Eu não sou de intrigas, mas...

Kruzes Kanhoto, 01.05.18

31301497_1782070171879333_443507329531379712_n.jpg

SLB.jpg

Quiçá influenciados pelas recentes comemorações da abrilada, têm sido muitos os adeptos do clube da fruta e do putedo a partilhar a imagem que compara os títulos desportivos conquistados pelo clube do Porto e pelo Benfica desde o fim do Estado Novo. Não vejo, assim de repente, relação entre uma e outra coisa. Mas, dizem eles, são factos e números esclarecedores acerca dos quais cada um tirará as ilações que entender.

Ora foi isso mesmo que eu fiz. Vi números, ocorreram-me alguns factos e tirei as minhas ilações. Constatei que no período em que o Sócrates governou, aquele clube ganhou catorze troféus. Mais do dobro dos conquistados pelo Glorioso. Não é que veja nisso – tal como não vejo no outro – nada de especial. Apenas factos. E números esclarecedores acerca dos quais cada um tirará as ilações que entender.

Prioridade à bola

Kruzes Kanhoto, 28.04.18

2a6c3e7ae488dd046e43352caeb37dee--funny-humor-funn

 

Diz que a justiça estará a investigar, detalhada e exaustivamente, todos os jogos do Benfica realizados nos últimos cinco anos. Deve ser investigação para manter os nossos justiceiros ocupados durante uns tempos. Mas ainda bem, que isto da bola tem de ser levado a sério. Até porque essa coisa dos três grandes, seja qual for a modalidade, ganharem quase sempre e serem campeões muitas vezes – consecutivamente, com frequência – deixa-me com a pulga atrás da orelha. É estranhíssimo os melhores ganharem sem ser com manhosices, não é?

Entretanto Porto e Sporting reivindicam para si o estatuto de clube mais titulado de Portugal, reclamando, cada um deles, mais de vinte mil títulos conquistados no conjunto das modalidades que praticam. Contenda que, presumo, um dias destes será dirimida na justiça. Que é para causas nobres e determinantes que ela serve. Isto, claro, após investigar se não houve marosca na obtenção de cada uma dessas vitórias. A menos, teoria a não descartar, que o facto de equiparem de verde ou de azul seja motivo mais do que suficiente para a isenção de suspeitas.

Enquanto isso, apenas estão sob a alçada da lei meia-dúzia de políticos. Não há vagar para investigar todos os outros milhares, actuais e passados, que exercem ou exerceram funções executivas na governação central, regional e local. A esmagadora maioria, obviamente, não será corrupta. Mas convinha, digo eu, que todos percebêssemos a razão porque entram para lá pelintras e saem com um património pouco compatível com o vencimento. Respeitem-se, no entanto, as prioridades da Justiça. Se a bola está primeiro, que assim seja.