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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Poupar, dizem eles.

Kruzes Kanhoto, 01.05.12

Hoje metade dos portugueses – a julgar pelos relatos talvez mesmomais - precipitaram-se para a loja Pingo Doce mais próxima e carregaram tudo oque puderam para o carrinho de compras. Ou para outro receptáculo qualquer,porque, diz, os carrinhos terão sido o primeiro artigo a esgotar. Daí que,revelando um invulgar espírito empreendedor e uma rara sagacidade,outros portugueses tenham montado um negócio – um esquema, talvez – de aluguerdaqueles veículos de tracção animal.
Acredito que não faltarão cartões de crédito com o planfondestourado, ordenados derreados até ao último cêntimo e despensas com acapacidade de armazenamento mais do que ultrapassada. Tudo, presumo, em nome deuma boa causa. A poupança. A mesma poupança que fez com que as farmácias fossemtomadas de assalto quando, aqui há atrasado, o governo de então resolveualterar as comparticipações nos medicamentos. Também nessa altura, evocando anecessidade de poupar, não faltou quem comprasse quantidades astronómicas deremédios. Os necessários e os outros.
Não me surpreende que os portugueses demonstrem tanto carinho pelapoupança. Esta constitui uma prática desde há muito enraizada entre nós. Aproveitamostodas as oportunidades para poupar. Mesmo que para isso tenhamos de gastar comose não houvesse amanhã.

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