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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

E que tal exigir rigor?!

Kruzes Kanhoto, 02.03.13

Talcomo escrevi por ocasião de manifestações anteriores todos, ouquase todos, temos motivos de sobejo para nos manifestarmos contra oestado a que chegámos. A trajectória que estamos insistentemente aseguir já deu demasiadas provas que é a errada e que, a não searrepiar caminho, mais cedo do que tarde a coisa estoira de vez.
Oque me deixa mesmo lixado é ver muita gente que contribuiu para atragédia que estamos a viver ter agora a distinta lata de seassociar a este protesto. Estou a pensar, entre outros, em inúmerosautarcas, nomeadamente vereadores e presidentes de câmara, que nassuas páginas do fuçasbook apelam à contestação ao governo efazem questão de demonstrar o seu apoio e entusiasmo perante a“revolta popular”. Esta criaturas, que contribuíramdecisivamente para rebentar com o país, são responsáveis em grandemedida pelo agravar da situação dos seus munícipes. Veja-se,dentro de poucos dias, a continha do IMI, analise-se a factura daágua e olhe-se para as prestações de contas ou simplesmente paraas informações que divulgam on-line e é fácil perceber o que estamalta tem andado a fazer. É só ir às respectivas páginas nainternet que está lá tudo.
Omesmo se pode dizer de muitos dos que hoje vão manifestar a suaindignação. Durante anos aplaudiram o esbanjamento e a delapidaçãodos recursos que não tínhamos. Ainda agora não faltam os quecontinuam a exigir e a congratular-se com obras faraónicas deinteresse duvidoso sem perceberem, ou sem quererem perceber, que nãohá dinheiro e que tudo isso contribui para agravar a situação quetanto criticam. Mesmo com o país falido são também bastantes osque se acham no direito de reclamar subsídios e apoios para as suasorganizações ou iniciativazinhas. Muitas delas sem outro interesseque não o gastronómico ou folclórico. Isto para não mencionartodos aqueles que entendem que isso de exigir factura é coisa paragajos com tiques pidescos.
Épreciso encontrar alternativas. Mas elas não passam, seguramente,pela esmagadora maioria das palavras de ordem que hoje vão entoarpelas ruas da capital. Por mim, insisto no que escrevo desde o tempoem que ainda nem sequer se sonhava que ia haver crise. Nãoprecisamos de austeridade, apenas de rigor. O rigor, por parte detodos, teria chegado e sobrado para evitar que tivéssemos chegadoaté aqui.

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