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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Ladrão no espeto

Kruzes Kanhoto, 29.11.17

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Acredito que a capa do Jornal E – um dos dois quinzenários que se publicam em Estremoz – dificilmente deixará alguém indiferente. Por mim acho-lhe piada. Mesmo não percebendo – ainda não li o jornal, confesso – as circunstâncias, rocambolescas na certa, que levaram o meliante a ficar em tão insólita posição. Se o jornal devia ou não publicar a foto, mais ainda na capa como hoje já vi e ouvi discutir, é coisa que pouco me importa. Pode o autor não ganhar nenhum prémio no âmbito do foto-jornalismo mas lá que o “boneco” está bem apanhado, isso está. E o ladrão, também. Ou alegado, sei lá.

E do politicamente correcto, quem nos protege?!

Kruzes Kanhoto, 28.11.17

Parece que em algumas cidades, nas zonas onde se aguarda uma elevada concentração de pessoas por ocasião da quadra natalícia, estarão a ser colocadas protecções contra os automóveis assassinos. Pois, isso mesmo. Automóveis assassinos.

Talvez por não ser um grande conhecedor do mundo motorizado, desconhecia em absoluto a existência de veículos com vontade própria. E logo com vontade de matar, os patifes. Boa ideia essa de colocar as tais protecções. Nada como estar atento e trocar as voltas a essas máquinas diabólicas que nos querem limpar o sebo.

Ainda não consegui confirmar se estarão igualmente a ser tomadas algumas medidas contra aquelas facas com a mania de perfurar pessoas. Diz que existem muitas com essa tendência. Também já ouvi falar de alguns machados, quiçá motivados pelo aborrecimento derivado do pouco uso nas funções para que foram fabricados, que se resolveram atirar contra quem lhes apareceu à frente. Espero que, nisso da proteção natalícia, não fiquem esquecidos. Esses e outros objectos que, de repente, nos passaram a odiar. Façamos votos para que as tais protecções não se juntem ao clube e não fiquem, também elas, com vontade de nos matar.

Reescrevam-se as histórias infantis!

Kruzes Kanhoto, 26.11.17

Uma inglesa doida varrida pretende banir a história da “Bela Adormecida” da escola do filho – desgraçada da criança que tal mãe tem – com o fantástico argumento que isso transmite às crianças que é legitimo a um homem beijar uma mulher enquanto esta dorme e, por consequência, sem o seu consentimento. Por incrível que possa parecer, a ideia suscita a simpatia de muita gente e merece um assustador número de comentários concordantes. Está tudo doido. Só pode. Ou, então, é um sinal dos tempos. Ou do fim deles.

Por cá, não há assim tanto tempo, já tivemos casos parecidos. Como aquela cena do “atirei o pau ao gato” e isso, que levou uns quantos patetas a argumentar que se tratava de promover a violência contra os bichanos. Só não percebo é porque não se indignam com o outro conto infantil em que a garota beija o sapo e o batráquio se transforma num príncipe. Oscular um bicho parece-me um acto repugnante e próprio de javardos.

Fico, também, à espera de um levantamento popular relativamente a outras histórias infantis. A Branca de Neve, por exemplo, que suspeito anda enrolada com sete gajos de baixa estatura. Comportamento que, convenhamos, não se afigura como o mais adequado para transmitir a criancinhas de tenra idade. E, pior ainda, nenhum desses baixinhos é negro, cigano ou muçulmano. Nem, mais grave, há entre eles qualquer homossexual. O que configura uma evidente promoção do racismo, homofobia e islamofobia. Só não vê quem não quer.

Aeroporto de Estremoz

Kruzes Kanhoto, 25.11.17

Captura de ecrã de 2017-11-22 19-59-25.jpg

Isso da descentralização parece-me uma coisa catita. Já mudar a sede de um instituto publico ou outro organismo qualquer de Lisboa para o Porto é, apenas, uma coisa parva. Descentralizar seria transferir serviços para o interior. Para cá da A1 a norte ou da A2 a sul. O resto é politiquice - da cara, no caso - para entreter autarcas e espevitar regionalismos bacocos como aquele de que padecem os portuenses.

E se vai um instituto para o Porto, que tem quase tudo, porque não um aeroporto para Estremoz? A campanha publicitária a promover voos já está online. Agora só falta a vontade política.

"Adevidam-se", porra!

Kruzes Kanhoto, 24.11.17

São um pouco mais de treze mil as almas que habitam no território que constitui este Município. A maioria das quais, seja por reforma ou outro motivo qualquer, não trabalham. Para aí uns dois terços, diria, têm todo o dia livre para fazer aquilo que muito bem lhes apetece e, como dizia a minha avó, ainda lhes sobra tempo para mais. Não precisavam, por exemplo, de ir ao supermercado à hora de almoço. Nem registar o placard, totobola, euromilhões, totoloto, comprar raspadinhas e confirmar se todas essas apostas do dia anterior estão ou não premiadas quando podiam fazer tudo isso a outras horas do dia. Ou, indo, podiam ser simpáticos e dar a vez aos que têm de bulir. Vá lá que, justiça lhes seja feita, ainda não vi a essa hora nenhum velhote, cigano ou desocupado exigir aquela coisa da prioridade na fila do atendimento. Sinal que têm mais juízo do que os desmiolados que aprovaram a lei. O que, diga-se, não é difícil.

Avante camaradas com isso do imposto das batatas fritas!

Kruzes Kanhoto, 22.11.17

Vamos em breve ficar a saber se o imposto das batatas fritas, do sal ou lá do que é, vai ou não avante. Isso, diz, depende da vontade dos camaradas. Que, ao que parece, não estarão pelos ajustes. Sabe-se que, nessa coisa da relação entre o Estado e o cidadão, os comunistas consideram que cada um deve contribuir consoante as suas possibilidades e receber de acordo com as suas necessidades. Daí que, de verdade, não esteja a perceber a posição dos camaradas. Acharão eles que a batata frita é um bem essencial na alimentação dos trabalhadores e do povo?  

Por mim, acho bem este imposto. Desta vez estou de acordo com os radicais que assaltaram o PS e com a gaiatagem doida varrida do Bloco.  Só lamento é que o valor da colecta não sirva para continuar a reverter o enorme aumento de impostos do tempo do outro. Mas percebo que não sirva. Alguém tem de pagar aquilo dos professores.  

Vade retro, IRS!

Kruzes Kanhoto, 21.11.17

Faço parte de uma minoria que não consegue escapar ao pagamento de impostos. Não tenho como receber, por exemplo, parte do ordenado "sem ir à folha". Nem, tão-pouco, auferir rendimentos que não afectem a declaração de IRS. Mas, admito, tenho pena. Tal como começo também a admitir que tentar escapar ao pagamento de impostos, seja pelos meios legais ou quaisquer outros, deve constituir um desígnio nacional. Atendendo à maneira como o governo semi-comunista esturra o dinheiro que somos obrigados entregar-lhe constitui, até, quase uma espécie de dever. É por isso que, chegados a esta altura do ano, recomendo vivamente a quem me lê uma especial atenção às despesas dedutíveis em sede de IRS - às que já tem e as que ainda pode vir a fazer - e, sobretudo procurar um simulador de IRS de 2017 a entregar em 2018.  Cada euro que pouparmos é menos um euro mal-gasto! 

E do Pai Natal, ninguém reclama?!

Kruzes Kanhoto, 19.11.17

Agora que está quase a chegar mais uma quadra natalícia, é com manifesta expectativa e uma mal disfarçada ansiedade que aguardo pela nova causa fraturante do Bloco de esquerda e de outras forças minoritárias na sociedade mas amplamente dominantes no âmbito do mediatismo. Já me tarda uma campanha contra o Pai Natal. Não espero – e daí não digo nada - que desatem à porrada aos desempregados gordos com vestimenta vermelha e longa barba branca que, por estes dias, vão andar um pouco por todo o lado. Mas, tirando a parte da pancadaria, começo a achar estranha a ausência de uma campanha dirigida às criancinhas a esclarece-las que o Pai Natal não existe e que o anafado de vermelho é apenas mais um símbolo da sociedade capitalista, opressora e estereotipada de que urge libertá-las. Nem sei porque esperam, essas inteligências de perú. E por falar em perú, que tal outra campanha para salvar os perús deste planeta? É pá, vá lá, não me desiludam...

A igreja e os homossexuais

Kruzes Kanhoto, 17.11.17

Mesmo não sendo devoto de nenhuma causa religiosa – a minha religião é o Benfica, e isso me envaidece – tenho a vaga sensação de, em algum lado, ter lido ou ouvido que a igreja católica estaria a atravessar uma grave crise de vocações. Tanto assim seria que, ao que até agora era a minha crença, os candidatos a percorrer os caminhos da fé e a dedicarem a vida a Cristo seriam em número quase insignificante. Ou seja, ninguém queria ir para padre.

Parece que, também nisto, não podia estar mais enganado. Afinal existirá uma legião imensa de gente que aquilo porque mais anseia é vestir a sotaina. Bastou um clérigo qualquer afirmar que os homossexuais não reúnem as condições necessárias para o acesso à profissão – de fé, no caso – e que, portanto, não serão admitidos no sacerdócio para, quase de imediato, serem mais do que muitos os que, de repente, descobriram a vocação. Isto, claro, a julgar pelas reacções exacerbadas que as palavras do senhor – o vigário, não o Outro – motivaram entre, quero acreditar, os putativos candidatos a seminaristas. Ou, então, são apenas os cães raivosos do politicamente correcto a mostrarem os dentes quando alguém lhes “vai ao cú”.

Mas, a bem dizer, a posição da igreja quanto a esta temática não se me afigura muito católica. Podiam, digo eu, aceitar os homossexuais. Pelo menos os não praticantes.

 

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