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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Viajar para o passado.

Kruzes Kanhoto, 31.03.16

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Acho muito bem isso da carruagem só para mulheres. É, convenhamos, de toda a justiça reservar um espaço para as senhoras que não apreciam a companhia masculina. Mais. Entendo que não se deve ficar apenas por aí. Há que ir mais longe. Reservar outra, por exemplo, aos homens que não queiram partilhar a viagem com mulheres, mais outra aos homossexuais e ainda outra aos que não são carne nem peixe. E, já agora, separem-se igualmente negros, brancos, chineses, benfiquistas, sportinguistas, portistas, socialistas, comunas, bloquistas (os três últimos podem ir todos na mesma) e perigosos reaccionários. Sim que nisto do assédio, dos incómodos e das impertinências não deve existir discriminação. No meio de tudo isto convêm não esquecer os animais de estimação. Também devem ter direito a carruagem exclusiva. Pode, admito, vir a ser um bocadinho confuso para uma mulher negra, perigosa reaccionária, adepta confessa do Benfica, que não seja nem carne nem peixe, acompanhada por um cão saber ao certo para que carruagem se há-de enfiar… mas isso será coisa de somenos. Não serão essas minudências que vão impedir imbecis vários e multiculturalistas de diversas orientações de nos conduzir, alarvemente, rumo ao passado.

Se calhar ia para a Arábia Saudita. Diz que está quentinho, por lá.

Kruzes Kanhoto, 30.03.16

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As escolas portuguesas vão perguntar aos seus alunos que objectos colocariam numa mochila caso sentissem necessidade de se refugiar. Se fossem refugiados, portanto. Deve ser no âmbito de um projecto todo modernaço destinado a entender as motivações da chusma de gente que está a invadir a Europa.

Nada de inovadora, esta ideia. Cá pelo Kruzes também já tínhamos pensado em tão perturbadora questiúncula. E, mentalmente, até fizemos uma lista de itens a incorporar na trouxa que carregaríamos caso – às tantas o melhor é dizer quando – tivéssemos de, para salvar a pele ou devido a outra motivação qualquer, ir para outro país. Que, por se tratar de um cenário, para já meramente académico, até podia ser um daqueles de onde agora chegam “refugiados” aos magotes. Pois que para além de uma “muda” de roupa só iam um saca-rolhas e um terço. Não que eu seja gajo de andar nos copos ou de rezas. Nada disso. Era apenas para testar a multiculturalidade que se pratica por aquelas bandas. Que deve ser muita, presumo. Tanta que, desconfio, depressa me ia arrepender de lá procurar refugio...

O Papa e o jovem comuna vêem coisas que mais ninguém vê.

Kruzes Kanhoto, 29.03.16

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O que têm em comum o Papa Francisco e o deputado comunista Miguel Tiago? Pouco, aparentemente. Exceptuando, talvez, aquilo de acharem que uns fedelhos ranhosos se podem explodir em qualquer lado, matando dezenas de inocentes, sem que a culpa lhes possa ser imputada. Não. Os responsáveis não são eles. Nem a família que os educou, os vizinhos que os protegeram ou os chefes religiosos que os doutrinaram. Nada disso. A culpa – só um ceguinho é que não vê – é das politicas de direita. E dos fabricantes de armas. O que têm em comum o Papa Francisco e o deputado comunista Miguel Tiago? Pouco, aparentemente. Exceptuando, talvez, não poderem ser levados a sério.

Ainda a propósito de Bruxelas

Kruzes Kanhoto, 28.03.16

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Ainda estou em choque. Aquilo devia ser proibido. Pessoas, na rua, a manifestarem-se de cara tapada e a vociferar a sua intolerância perante modos de vida, culturas, religiões e valores aparentemente inconciliáveis com os seus é coisa que a Europa não pode tolerar. Não são estes os valores europeus. Nunca Bruxelas havia visto uma coisa assim. Nem Londres, Paris ou outra qualquer capital europeia. Há que travar estes patifes da extrema-direita. Constituem uma ameaça à paz e ao projector integrador, multi-cultural e humanista que os manifestantes das imagens que acompanham este texto tanto se esforçam por implementar no velho continente. Não tarda esses malandrins dos extremistas de direita ainda se começam a rebentar nos aeroportos, esplanadas, transportes públicos, teatros e sabe-se lá onde mais. Esses xenófobos são capazes de tudo só para nos aterrorizar.


Porra, pá! Pisei um costa!

Kruzes Kanhoto, 27.03.16

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Apesar do estonteante ziguezaguear com que é necessário locomover-nos pelos passeios de qualquer cidade, não é possível evitar todos os resíduos deixados pelos javardões que não recolhem os presentes dos seus amiguinhos de quatro patas. À mais pequena distracção estamos feitos. Hoje calhou-me a mim. Pisei um costa.

Finalmente!!

Kruzes Kanhoto, 26.03.16

Finalmente alguém com coragem para divergir publicamente do politicamente correcto que tem andado a adormecer os europeus e ocidentais em geral. Nada mais a acrescentar. O homem disse tudo. Vede antes que, em nome da liberdade de expressão, seja apagado.

 

Covadonga, outra vez...

Kruzes Kanhoto, 26.03.16

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Se esta é a história da Bélgica nada garante que não seja também, com as necessárias adaptações, a da restante Europa. Pelo menos a do lado de cá da antiga cortina de ferro. Sim, porque na outra a coisa fia mais fino. E ainda bem. Mais cedo do que tarde vamos precisar de uma nova Covadonga...

Diz-me o que pões no lixo e dir-te-ei quem és...

Kruzes Kanhoto, 25.03.16

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Ao que parece a justiça portuguesa terá aberto um inquérito por causa das declarações proferidas por um cavalheiro, que escreve nos jornais e discursa nas televisões, ter chamado esganiçadas às senhoras do Bloco de Esquerda. Não é para menos. Até porque o sujeito terá acrescentado ainda que, enquanto mulheres não as queria nem dadas. Isto, claro, alegadamente e ao que rezaram, à época, diversas fontes.

Ora estas afirmações constituirão, pelos vistos, qualquer coisa que merece ser investigada. Quiçá, dependendo das conclusões dos inquiridores, ser julgada pelos tribunais. Isto, de facto, não pode ser. Não as querer nem dadas não é nada dignificante. Nem para o alegado nem para as alegadas. Ainda se o opinador em causa se tivesse prontificado a aceitá-las em troco de uma quantia módica, vá que não vá. Embora – e isto cada um sabe de si – me pareça bastante suspeito que o homem, alegadamente, desdenhe daquela maneira de umas senhoras tão bem apessoadas. Gostava de dar uma espreitadela no caixote do lixo da criatura. Só por curiosidade.

Adse para todos?! E porque não?

Kruzes Kanhoto, 24.03.16

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Ciclicamente o tema da ADSE constitui motivo de discussão. Acessa, como quase todas as discussões que envolvem alegados direitos alegadamente exclusivos dos funcionários públicos. Que deve ser extinta e fica o Serviço Nacional de Saúde para toda a gente, defendem uns. Alargada a todos os que para ela queiram descontar é que era, sustentam outros alegando uns quantos princípios constitucionais.

Percebo os primeiros. É uma questão de filosofia de vida. Ou de outra coisa qualquer. De que, obviamente, discordo. Para eles o Estado deve regular todos os aspectos da vida de cada cidadão e, mesmo que um grupo de pessoas financie um sistema à conta exclusiva do seu vencimento sem que daí resulte encargos para os que dele não beneficiam, ainda assim, não pode ser. Nem sei como não reivindicam o fim dos seguros de saúde. Esses sim financiados pelo Estado através das deduções fiscais.

Já a opinião dos segundos, alargar o conceito de serviço prestado pela ADSE a quem a ela queira aderir, seja ou não funcionário público, parece-me fazer todo o sentido. Tenha ele – o conceito – o nome que tiver. Pode, até, chamar-se privatização parcial do SNS. Proporcionaria uma maior capacidade de escolha, um melhor serviço aos utentes e uma poupança de milhares de milhões de euros aos cofres públicos. Tinha era um problema. Dois, melhor. Representava um enorme aumentos de impostos para quem quisesse aderir – mas isso era como o outro, só pagava quem aderisse – e quase decepava uns quantos lobbys na área da saúde. Uma chatice, portanto.

Os "Je suis" já se calavam...

Kruzes Kanhoto, 23.03.16

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É sem surpresa que assisto - outra vez, de certeza não será a última - a reacções bacocas a mais um atentado. Como se iluminar monumentos, acender velas, desenhar coisas ou fazer declarações proclamando a paz e o amor eterno ajude a evitar a próxima matança.

A esquerdalha, como sempre, sugere que se atire dinheiro para cima do problema. Apoios sociais para promover a inclusão dos jovens muçulmanos nas sociedades ocidentais contribuiriam, acham os palermas esquerdóides, para resolver a questão do terrorismo. Esquecendo, ou omitindo deliberadamente, que é essa distribuição de dinheiro pelas respectivas seguranças sociais que atrai aquelas populações a fixarem-se nos países do centro e norte da Europa em detrimento – e ainda bem – de países como Portugal onde, neste caso felizmente, o Estado social não tem dinheiro para sustentar todos os ociosos que aqui aportem.

Por mais que nos custe, não existe na democracia tal como a conhecemos solução para este problema. Embora poucos o queiram reconhecer, sabemos que assim é. Estão em guerra com o nosso modo de vida. Todos. Os que se explodem, os que os ajudam e os que não denunciam. Uma guerra que dificilmente venceremos se, primeiro, não tratarmos dos “Miguéis de Vasconcelos” desta vida.

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