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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

É só fumaça...

Kruzes Kanhoto, 31.03.15

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Por breves momentos cheguei a temer que o Estádio da Luz estivesse de novo a arder. Do lado contrário, desta vez. Mas não. Isso era quase uma impossibilidade. A lagartagem, enquanto claque organizada, não estava por perto.

O motivo para o elevado nível de fumo na atmosfera circundante era bem mais pacifico. Tratava-se, tão somente, de um adepto que ia fumando umas cenas enquanto a jogatana não se iniciava. Coisas que, fossem lá o que fossem, fumegavam mais que um comboio a vapor.

 

 

Burros borraram o Sátiro

Kruzes Kanhoto, 31.03.15

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A figura pode até nem ser particularmente simpática. Isso, no entanto não justifica actos de vandalismo. Meninos rabinos a pintar coisas sempre houve e, de certeza, sempre haverá. Podiam era direccionar a veia artística noutras direcções. As paredes do quarto, por exemplo. Assim não tinham de partilhar connosco a notória falta de jeito que evidenciam para a pintura. É que isso de satirizar não é para todos e os autores desta borrada apenas conseguiram mostrar que são burros. Sem ofensa para os asnos.

 

E uma estátua a homenagear a mãezinha, não?!

Kruzes Kanhoto, 30.03.15

 

Regularmente a comunicação social vai-nos dando conta de obras que, na opinião dos autores das noticias ou das reportagens, são consideradas inúteis, desprovidas de sentido e que constituem exemplos flagrantes de desperdício de dinheiro. Quase sempre com razão. E, também, quase sempre naquilo a que os lisboetas têm a mania de chamar província.

Para encontrar obras parvas e maneiras idiotas de esturrar a pouca riqueza que por cá se vai produzindo não é preciso sair de Lisboa. Da civilização, portanto. É que parvos e esturradores há em todo o lado. Inclusive na capital. Onde, até, por força da maior concentração de pessoas, os pacóvios e esbanjadores terão de ser, forçosamente, em numero substancialmente mais elevado do que no resto do país.

Isto a propósito da edificação em Lisboa de uma estátua de homenagem ao corredor. Nada mais apropriado. Siga-se outra que homenageie quem caminha. Outra a quem ande de bicicleta. Mais outra aos que se deslocam de trotineta. Skate, até. O limite é a imaginação. Coisa que não escasseia a quem não tem problemas em gastar o que não lhe custa a ganhar.

 

Sacos de plástico continuam grátis!!! (E ainda bem)

Kruzes Kanhoto, 28.03.15

 

Continuo a achar que o imposto sobre os sacos de plástico é uma parvoíce. Mas, reconheço, a minha é uma posição que não reúne muitos adeptos. Pelo contrário. A maioria parece concordar e - confesso o meu espanto – esta medida tem até defensores tão acérrimos quanto improváveis.

Hoje encontrei um deles. Uma, no caso. Foi no mercado semanal, onde os vendedores continuam a oferecer os sacos, que ocorreu a cena que descrevo:

 

Vendedor, dirigindo-se à Maria que acabava de adquirir produtos hortícolas em quantidade superior à expectável - Veja lá se quer um saquinho...

 

Maria – Pois... se calhar é melhor, já não tenho onde acondicionar a alface...

 

Cliente idosa, toda empinocada e a armar em ambientalista – Sacos?! Está a dar sacos?! Não pode. É proibido!

 

Enquanto Maria e Vendedor ignoram liminarmente a criatura, Eu a pensar baixinho – Cala-te senhora idosa, agora apelidada de sénior, filha de um marido encornado e de uma senhora que provavelmente prestava serviços remunerados de índole sexual.

 

Cliente idosa, toda empinocada e a armar em ambientalista – Fazem-se as leis e ninguém as cumpre. Por isso é que este país não avança...

 

Eu, novamente a pensar baixinho – Tem razão a senhora... e se ficou assim por causa do saco nem quero imaginar como vai ficar quando o homem não lhe passar factura.

 

Sim, porque DE CERTEZA pediu factura...



 

Merda de cão

Kruzes Kanhoto, 27.03.15

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Isto é coisa que não falta no meu bairro. Nem nos outros. Da minha cidade e de todas as outras. É o resultado de existirem cada vez mais bichos a partilhar o mesmo espaço que os seres humanos em zonas urbanas. Acho amoroso ter um cão. Ou um gato. Mas não consigo entender que animais e pessoas partilhem uma habitação. Tive, enquanto vivi no campo, dezenas deles. Nenhum se atrevia a colocar uma pata dentro de casa. Ficavam no quintal ou andavam por onde muito bem lhes apetecia. Na cidade não acho jeito nenhum a isso.

Permitir isto em plena via pública é coisa que me revolta mesmo à séria. Que queiram ser pouco asseados dentro de casa é lá com eles. Na rua é com todos.

 

Populares...

Kruzes Kanhoto, 27.03.15

Gosto de ouvir os populares a quem é dada oportunidade de dizer umas coisas para o microfone que lhes puseram à frente da boca. Por mais que haja quem deprecia a sua opinião, para mim, ela constitui uma fonte inesgotável de conhecimento. Ou, como alguém escreveu em tempos, “por mais comprida que seja a fita de um gravador nela não caberá a sabedoria popular”.

Isto a propósito do que proclamava ontem para uma reportagem televisiva, num mercado da Madeira, um peixeiro lá da ilha. Garantia o senhor que até à hora em que falava só tinha feito quinze euros, enquanto antes – antes do euro, provavelmente - já teria ganho setenta contos. Trezentos e cinquenta euros, portanto. Significa que, por essa época, o senhor ganharia o equivalente a sete mil euros por mês.

Solidarizo-me, naturalmente, com o popular. E com todos os que, tal como ele, sofreram tão dramática redução de rendimentos. Há, apenas, duas coisas que me inquietam. A primeira, tão intensa actividade económica não se ter traduzido em riqueza. A segunda. os impostos cobrados não corresponderem ao nível de ganhos que quase todos os comerciantes juram ter tido nesses, pelos vistos, saudosos tempos. Mas isto sou eu, que tenho a mania de dar importância às conversas dos populares...

 

Pombos

Kruzes Kanhoto, 26.03.15

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Cá a terrinha, como quase todas as outras sejam grandes ou pequenas, está cheia de pombos. O que não surpreende. Os gajos reproduzem-se como o caraças e, para ajudar à festa, há sempre uns javardões a tratar de os alimentar. Devem-lhes achar muita graça, eles. Ou, coitados, pensam que estão a fazer uma boa acção. Se a isso juntarmos a habitual e tão característica inércia das autoridades que deviam tratar disto e não tratam, temos a javardice perfeita.

 

 

 

Cada bala mata um...pelo menos!

Kruzes Kanhoto, 25.03.15

 

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Vá lá saber-se porquê existe sempre gente disposta a viajar para países de onde a maior parte dos que lá vivem querem sair a qualquer custo. A Tunísia não será disso o melhor exemplo mas, ainda assim e até pelos acontecimentos mais recentes, talvez não seja o melhor destino turístico do momento. Quiçá por isso, as passeatas para aquele país do norte de África estão em promoção. Uma campanha que, por preços relativamente módicos, pretende aliciar os portugueses mais endinheirados e de espírito aventureiro – gente capaz de cumprir ambas as premissas é coisa que não falta – a passar uma semana em Djerba. Escusava era de se chamar Pim, pam, PUM...

 

Não tenho conta no BES...mas também voto.

Kruzes Kanhoto, 25.03.15

O governo socialista obrigou os portugueses a pagar as ocorrências, chamemos-lhe assim, do BPN. Se, na época, ainda estivesse no poleiro o BES também teria sido salvo. Essa coisa da mão que lava a outra falaria mais alto e, por esta altura, estaríamos todos a suportar as tropelias daquele parceiro da Santíssima Trindade.

Ainda assim não é seguro que não o tenhamos de fazer. Para já o Partido Socialista afiança que, quando recuperar o poder, tratará de reembolsar os chamados titulares de papel comercial do GES. À conta dos nossos impostos, obviamente. Nada de surpreendente, pois esturrar o dinheiro dos contribuintes é o que os xuxas fazem melhor.

De realçar que os alegados vigarizados nunca pediram que fosse o Estado a ressarci-los. Exigiram – e muito bem – que quem abusou da sua ingenuidade, ganância ou desconhecimento, conforme os casos, se responsabilize pelo seu dinheiro. Não se percebe, por isso, a necessidade que o Presidente do PS sentiu de dar mais um tiro no pé. Há coisas que nem a proximidade das eleições justificam.

Ai aguenta, aguenta...

Kruzes Kanhoto, 24.03.15

Os socráticos são pessoas de fé. Acreditam na inocência do seu ídolo e, até os que duvidam dela, desculpam-no. Outros afiançam que mesmo tendo escorrido uns milhões para os bolsos do engenheiro isso não será – a ter ocorrido - especialmente preocupante. Não terá sido, alegam, coisa que financeiramente os tenha afetado. Ao contrário do que tem feito o actual governo, concluem parvamente.

Esta admiração e este raciocínio, ainda que parvo, têm alguma lógica. Quem os desenvolve é, na sua maioria, reformado e gente que no reinado do prisioneiro quarenta e quatro não foi afectada pelas medidas de austeridade então tomadas. Poucos, de entre esses, se importaram que o abono de família tivesse sido roubado a quem ganhava a fantástica soma de oitocentos euros e o aumento dos impostos tivessem atacado os bolsos de quem trabalha.

Claro que quando os cortes lhes bateram à porta tudo mudou de figura. O outro que nada lhes tirou é que era bom e os que cortaram a todos é que são umas bestas. São desabafos desta natureza intercalados com relatos de cruzeiros, jantaradas e passeatas diversas pela estranja, que me levam a concluir que o gajo do “aguenta, aguenta” afinal tinha razão.

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