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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Consensos sem senso nenhum

Kruzes Kanhoto, 30.09.14
Assim à primeira vista Fernando Santos e António Costa pouco terão em comum. A não ser a estranha e inusitada fé que, de repente e vá lá entender-se porquê, os portugueses depositaram neles.
O seleccionador nacional, acreditam os portugueses, vai operar a necessária e tão reclamada renovação da selecção. Para isso, já pré-anunciou, conta com jogadores como Hélder Postiga, Tiago, Orlando Sá e Ricardo Carvalho. Não descartando, ainda assim, gente como Hugo Almeida, Manuel Fernandes ou Raul Meireles.
Por seu turno António Costa, o homem que os portugueses acreditam piamente ser capaz de mudar Portugal para melhor, garantiu já o apoio entusiástico de Mário Soares, Jorge Sampaio, Manuel Alegre, Ferro Rodrigues, José Sócrates e de outros ilustres políticos da mesma estirpe.
Estamos, num e noutro caso, no bom caminho. 

O incauto investidor

Kruzes Kanhoto, 28.09.14

Pinto da Costa entendeu partilhar connosco a informação que terá investido uns cobres no BES. Em má-hora o fez. O investimento, claro. Embora isso da clareza, quando aplicado ao banco em apreço e em tudo o que se lhe relaciona, seja mera coincidência. Ou sorte do investidor. O que manifestamente não foi o caso. O homem, coitado, está descorçoado. Sente-se, ironia das ironias, vigarizado porque, garantiu, confiou nas afirmações do Presidente da República e do Primeiro-Ministro quando estes nos descansavam quanto à solidez do banco onde o incauto investidor arriscou as suas poupanças. Ninguém o mandou ser crédulo. Ou meter-se em assuntos que não domina. É que essa coisa de comprar acções é ligeiramente mais complicada do que comprar árbitros. Não estou, como é óbvio, a dizer que o senhor em causa adquira os favores dos homens do apito. Nada disso. Até porque, como sabemos, não há disso por cá. Mas, como igualmente também sabemos, acontece com muita frequência naqueles países da fruta tropical, do chocolate e onde as noites têm mais calor. Lá muito longe, portanto.

Uma maçada, isso de cumprir a lei...

Kruzes Kanhoto, 27.09.14
Está por demonstrar que o aumento do horário de trabalho na função pública, de trinta e cinco para quarenta horas, constitua uma mais-valia para o país. Talvez por isso, ou apenas porque o cumprimento da lei – da que regula este assunto, saliente-se - não seja uma prioridade para muitos municípios, a esmagadora maioria das câmaras municipais não o está a aplicar.
Agora, ao que consta, na sequência de um misterioso parecer da PGR, o governo prepara-se para assinar acordos com os municípios no sentido de viabilizar o regresso às trinta e cinco horas semanais. No entanto, ao que noticia a imprensa de hoje, fazendo depender a assinatura de tal acordo da boa situação financeira de cada autarquia.
Acredito que penalizar os trabalhadores pela má gestão de quem dirige – ou dirigiu – as Câmaras possa ser visto como uma injustiça e vá acender mais umas quantas polémicas. O assunto estará longe de ser consensual mas, pela minha parte, concordo com a ideia de diferenciar quem cumpre de quem não cumpre. Esta discriminação podia – e devia – ser aplicada a outras matérias que não a duração do tempo de trabalho. Nomeadamente remuneratórias. Afinal – e escrevo sem a mais pequena ponta de ironia – a situação catastrófica que em termos financeiros está a ser vivida em muitas autarquias é também da responsabilidade de quem lá trabalha. 

Porque não te calas?!

Kruzes Kanhoto, 25.09.14

Afinal,descobriu o ainda secretário-geral do PS, o aumento do saláriomínimo nacional é uma coisa má. Muito má. Pelo menos para algunstrabalhadores. Nomeadamente para aqueles que, além do SMN, recebemtambém diuturnidades. Isto porque assim, com a actualizaçãosalarial, atingem uma remuneração mensal que já será objecto deretenção mensal de IRS. O homem ensandeceu. Só pode. Esta,obviamente, é uma situação normal, que ocorre quase sempre quandoexistem mexidas nos vencimentos e que produz efeitos diferentes emcada trabalhador em função da composição do seu agregado familiare do facto de ser, ou não único titular de rendimentos. Alguém, láno partido, que lhe explique. Ou, de preferência, que o mande calar.

Totós

Kruzes Kanhoto, 23.09.14
Não vi nem ouvi o debate este os dois socialistas candidatos a candidato a primeiro-ministro. Não devo, presumo, ter perdido grande coisa. Ao que parece ambos prometeram coisas, atacaram-se um ao outro e cada um garantiu ser melhor que o adversário. O normal, portanto.
O pior é que será de entre estes dois figurões que sairá o próximo chefe do governo. Ou seja: A escolha vai ser entre um choninhas e um autarca. E depois ainda há quem ache que Portugal tem futuro...

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