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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Os saqueadores são uma espécie que me aborrece

Kruzes Kanhoto, 30.11.13

Portugalestá – desde há muitos anos – a saque. E, por mais que aministra da justiça proclame que a impunidade acabou, aquilo quecontinuamos a constatar é que vivemos num país de saqueadores.Verdade que uns sacam mais que outros. Há quem saque milhões e quemsaque tostões. Cada um saca o que pode, portanto. Desde o gajo que, alegadamente, se afiambrou a toneladas de euros do BPN até ao espertalhão que, não menos alegadamente, sevai escapulindo ao pagamento da renda, da água ou da luz queconsome. Num e noutro caso cá estão os dos costume para pagar. Mas estes sem essa coisa do alegadamente. Atéum dia que se aborreçam de tanto ser sacados. Nessa altura, aocontrário do que gostariam uns quantos velhotes, nem vai ser precisoandar à porrada. Quando o dia do aborrecimento chegar isto cai devez. Nas calmas. Mas, se calhar, com estrondo.

Em busca da pesquisa perdida

Kruzes Kanhoto, 29.11.13

Poralgum motivo que me escapa, as pesquisas efectuadas no Google já nãoaparecem nos contadores de visitas. Deve ter algo a ver com amelhoria do serviço ou assim. Perde-se, por causa disso, informaçãorelevante da qual os administradores de bloggers e outros sitesextraíam importantes conclusões quanto à melhor forma de manter ecativar a audiência.
Osrestantes motores de busca, por enquanto, não adoptaram estapolitica. No entanto, dado o número residual de utilizadores que aeles recorrem, não é a mesma coisa. De certeza que entre aspesquisas a que agora já não tenho acesso estarão expressões maisinteressantes e curiosas do que a “grande puta tuga” - daqual, espero, o autor tenha encontrado o rasto – ou do leitor gagoque pesquisou “n n nuas”.
Depoisde me terem saneado do adsense, agora isto. Palhaços. Acho que voumudar de motor de busca. Não é que eles se importem. Mas eu tambémnão. 

De hipocondríacos a amantes das novas tecnologias.

Kruzes Kanhoto, 28.11.13

Nãovai longe o tempo em que clínicas e outros espaços onde se realizamexames complementares de diagnósticos ou, até mesmo, centros desaúde estavam cheios de gente. Velhos e novos, doentes ou a vendersaúde, não havia cão nem gato que não fizesse toda aespécie de exames médicos.
Hojeestes locais estão praticamente vazios. Inclusivamente os serviçosde urgência estão, a maior parte do tempo, quase às moscas. Deveser, presumo, mais uma nefasta consequência da crise. Ou, então,trata-se de uma espécie de milagre em que a nossa saúde melhorou aomesmo ritmo que a carteira se foi esvaziando.
Oque, estranhamente, continua cheio são os centros comerciais. O quepode questionar isso da carteira estar mais vazia. No últimofim-de-semana os tablets, telemóveis daqueles todos catitas e LCD'sde dimensões XXL saiam a uma velocidade estonteante da Worten cásitio. Tudo coisas sem as quais, obviamente, já não podemos viver.Por mais que a crise nos afecte. A crise ou as nossas prioridades.

Não há almoços grátis. Nem reparações à borla.

Kruzes Kanhoto, 25.11.13

Sucedem-senoticias de autarquias que disponibilizam serviços de pequenasreparações ao domicilio. Tudo o que diz respeito a carpintaria,electricidade ou canalizações pode ser consertado por pessoalhabilitado, para o efeito disponibilizado pela respectiva autarquialocal. De forma gratuita e discriminatória. Bom, talvez não sejabem assim. Nomeadamente na parte do gratuito. Porque a menos que opresidente da câmara pague do bolso dele alguém está a pagar. Edesconfio que são os discriminados a quem isso da gratuitidade nãose aplica. Inconstitucionalidadezinha da boa, parece-me.
Nãosei se a dificuldade cada vez maior em encontrar um carpinteiro,canalizador ou electricista para fazer uma pequena reparaçãoestará, ainda que vagamente, relacionada com tão inteligente medidade apoio social. Talvez não esteja. O pessoal é que está cada vezmais preguiçoso e não se quer dedicar a actividades que envolvamesforço físico. Deve ser isso.

Ainda isso das quarenta horas

Kruzes Kanhoto, 24.11.13

Estremozserá, alegadamente, a única câmara do distrito e uma das poucas nopaís a aplicar a lei que estabelece o horário de trabalho da funçãopública em quarenta horas semanais. Nada de mais. Lei é lei e,tanto quanto se sabe, é para cumprir. Daí que tal atitude nãoconstitua, na minha modesta opinião, motivo para elogios ou reparos.É assim e pronto.
Omesmo não digo de certas vozes que, cá pelo burgo e também noresto do país, não contêm o seu regozijo de cada vez que osfuncionários públicos vêem piorar a sua situação profissional efinanceira. Deviam, digo eu, ter percebido – até porque muitos jáo sentem na pele – que qualquer patifaria feita pelo governo àfunção pública se reflecte, inevitavelmente, no resto dacomunidade. Mais ainda numa terra pequena onde a dependência doEstado é esmagadora.
Sea perda de rendimentos conduziu à quebra do consumo e consequentediminuição das vendas, o aumento do numero de horas de trabalhoestá a piorar ainda mais o cenário. É, pelo menos, do que sequeixam alguns comerciantes da cidade. Coisa que devia preocupar –no lugar deles preocupava-me – os que olham com satisfação asatitudes persecutórias do governo. Até porque elas podem significarmais encerramentos de lojas, despedimentos e o resto a que já vamosestando habituados. Mas se o povo gosta...
Peranteesta evidência reconheço que me equivoquei quando,  aqui há atrasado,me pronunciei contra a extinção de uns quantos feriados. Afinal ogoverno tinha mesmo razão. Mais dias de trabalho corresponderão,necessariamente, a um aumento do produto interno bruto. Assim como,inversamente, na sequência da mesma lógica, menos horas de descanso– ou sem trabalhar – diminuirão o consumo. O pequeno comérciolocal atesta a eficácia da teoria.

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