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Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

Kruzes Kanhoto

Ainda que todos, eu não!

O contributo dos portugueses para o senhor Carreira já irá em mais de um milhão de euros

Kruzes Kanhoto, 31.08.13
Acontratação de espectáculos com o Tony Carreira surge sempre, aquipelo Kruzes e não só, como mau exemplo do esbanjamento de dinheirospúblicos. De tal maneira que já por aqui tive leitores – no casoforam mais leitoras – a insurgirem-se contra aquilo queclassificaram de obsessão da minha parte relativamente aos gastoscom a criatura em questão. Contra os quais nada tenho, como tambémjá tive ocasião de referir, se forem feitos por agentes privados.
Outros,nomeadamente gente que se preocupa com isso do esturrar dinheiro público de forma inglória, têm a mesma opinião. Nada queinteresse muito a quem procura angariar votos entre as fêmeas lusas das classes D e E”. Quem quiser seguir os links podeconfirmá-lo. 

40 horas e um feriado. Pelo menos.

Kruzes Kanhoto, 30.08.13
Avontade de voltar ao assunto não era grande mas a recente publicaçãoda lei que prolonga o horário de trabalho na função pública paraas oito horas diárias reacendeu a minha indignação acerca do tema.Continuo a achar esta medida inútil, geradora de maior despesas defuncionamento e que em nada beneficiará os contribuintes. Mas dissojá dei conta noutros posts pelo que não vou maçar que me lê com arepetição dos meus argumentos.

Prefiro,desta vez, dedicar uma palavra para aqueles que rejubilam com aimposição deste horário aos funcionários públicos. Rejubilemenquanto podem. Porque também rejubilaram quando perdemos ossubsídios de férias e de Natal, lembram-se? E não se esqueçamque, adaptando à ocasião o que dizia o outro, nenhum trabalhador éuma ilha. Não se admirem,por isso, que as consequências do que agora aplaudem se repercutam,mais cedo do que tarde, em vossemecêses.

A propósito e como isto anda tudo ligado, ainda que ninguém –pelo menos que me tenha apercebido - falasse no assunto mas, se éque estou a ler bem, a lei agora publicada pode também ter acabadocom o feriado de terça-feira de Carnaval. Diz lá, a páginastantas, que “ A observância dos feriados facultativos previstosno Código do Trabalho, quando não correspondam a feriadosmunicipais de localidades estabelecidos nos termos da lei aplicável,depende de decisão do Conselho de Ministros, sendo nulas asdisposições de contrato ou de instrumento de regulamentaçãocoletiva de trabalho que disponham em contrário”. Ora se istonão se destina a colocar um ponto final nas manigâncias que, umpouco por todo o lado, iam permitindo contornar a decisão do governode não conceder tolerância de ponto pelo Carnaval, então não seipara que serve.


Chumbo qualificado

Kruzes Kanhoto, 29.08.13

Areacção do PSD, pela voz de um ex-lider e ex-primeiro ministro, aochumbo da lei dos despedimentos dos funcionários públicos peloTribunal Constitucional é assaz curiosa. Diz o cavalheiro que “épreferível despedir funcionários a reduzir prestações sociais”.Hesito quanto a isso. Dependerá dos funcionários a mandar para oolho da rua e de quem recebe os apoios do Estado. Mas para o PSD nãoserá assim. Para os laranjas é melhor correr com trabalhadores, mandriões ou não, do quer deixar de pagar prestaçõessociais a reformados ricos que pouco ou nada contribuíram para asegurança social, a ciganos e a drogados. Escolhas. Cada um fará asua. E o PSD, pelos vistos, já escolheu a sua base social de apoio.

...

Kruzes Kanhoto, 29.08.13


Convinhaque quem elabora os programas eleitorais fosse politicamente honesto.Era igualmente de bom tom, antes de prometer fosse o que fosse,tentar perceber quanto custaria o cumprimento das suas promessas.Melhor ainda seria perceber se o Município a que se candidata tem ounão margem financeira que permita, uma vez eleito, realizar, no todoou em parte, o programa com que se apresenta aos eleitores. Ou, emalternativa, anunciar onde pensa arranjar o dinheiro para financiar aimplantação das suas ideias. Convir, convinha. O pior é que poucos - e, se calhar, estou a ser optimista - o farão.
Épor isso que, por melhores e mais merecedoras de aplausos que sejamas intenções dos candidatos, propostas deste tipo não podem serlevadas a sério. No caso em apreço, de acordo com os documentos deprestação de contas de 2012, este município arrecada uma receitaanual que não atinge os dezanove milhões de euros. Ostenta, nomesmo período, uma divida a fornecedores que vai para lá dos vintee dois milhões e empréstimos que quase chegam aos dezoito milhõesde euros.
Perante este números parece difícil alguém acreditar naconcretização daquelas propostas. Dá mesmo para desconfiar queaqueles que as fazem não conhecem a realidade financeira dainstituição que pretendem governar. Ou então acham que podem,impunemente, não pagar a divida. Mas se acham isso é por que sãoignorantes. É que o mundo mudou, ainda que alguns não tenham dadoconta.   

Confusões que ninguém acha útil explicar

Kruzes Kanhoto, 28.08.13
Anoticia que ontem ocupou grande parte dos noticiários e esteve emdestaque em toda a imprensa é mais um exemplo da forma enviesada decomunicar do executivo, da ainda pior qualidade da informação quepor cá se pratica e do oportunismo politico que se faz em torno deum qualquer não assunto. Tudo junto.
Dizia-seque o governo teria impedido as universidades de se financiarem comreceitas próprias. O que, está bem de ver, seria uma estupidez quea ninguém ocorreria por mais desmiolado que seja. E nesse âmbitoestamos bem servidos em termos governativos.
Afinalo que estava em causa era que previsão da receita própria ainscrever no orçamento para 2014 não podia ser superior à receitacobrada em 2012. O que indiscutivelmente é uma medida do maiselementar bom senso e uma regra fundamental para evitar que a sobreorçamentação conduza ao aumento do endividamento. Podiam terexplicado, nem sei por que ninguém o fez, que uma coisa é o que seprevê cobrar e outra, raramente coincidente, o que efectivamente secobra. Um previsão de 100 nada impede uma cobrança de 200. Ou ocontrário. Parece, até para um jornalista, não ser uma coisa muitodifícil de entender.
Quantoa mim – mas isso deve ser da minha visão distorcida destasmatérias – o que estará em causa será algo completamentediferente. O governo pretende, com este tipo de restriçãoorçamental, forçar as entidades públicas a despedir funcionários.Obrigar, do lado da receita, a um orçamento igual a 2012 quando, nadespesa, é necessário acomodar mais dois meses de vencimentos e oaumento de 18,75% nas contribuições para a CGA é um exercício dequase impossível resolução que outro objectivo não pode ter que aredução de efectivos. Mas isso não convém que se saiba.Principalmente em vésperas de eleições. 

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